Resumo Semanal de Commodities

Resumo Semanal de Commodities
 
Inteligência StoneX
Variação de commodities agrícolas e energéticas - 07/10 a 11/10/2024

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Fonte: StoneX cmdtyView.
 
Asset 1  CÂMBIO
Real desvaloriza em mais de 3% em meio a piora na percepção de riscos fiscais 

A moeda americana se fortaleceu globalmente, impulsionada por uma leitura mais aquecida para a inflação americana, um tom mais firme da ata de decisão de política monetária do Federal Reserve e por preocupações com o crescimento econômico chinês. As perdas do real foram aprofundadas por receios com a condução da política fiscal brasileira e maior percepção de riscos para ativos nacionais. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a sessão desta sexta-feira (11) em alta, cotado a R$ 5,4564, avanço semanal de 0,4%, mensal de 0,1% e anual de 12,5%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 102,5 pontos, variação de +2,1% na semana, 1,7% no mês e de +1,1% no ano.

 
cAsset 2  SOJA
Com chuvas no Brasil, soja tem semana de queda

As cotações da soja registraram queda em Chicago na última semana, sem maiores novidades pelo lado dos fundamentos e com a ocorrência de chuvas mais significativas no Brasil. O contrato para novembro encerrou a sexta-feira (dia 11) em 1005,5 cents por bushel, queda semanal de 3,1%. A colheita nos EUA também vem avançando, com um clima favorável ajudando o ritmo mais acelerado dos trabalhos de campo. Valendo lembrar que é estimado que o país colha uma safra recorde de soja neste ano. Com a colheita aumentando a disponibilidade de soja norte-americana no mercado, as exportações do país vão estar cada vez mais no radar. O último trimestre do ano é o melhor período de embarques da soja norte-americana e atualmente o produto do país para a China está mais competitivo que o brasileiro. No Brasil, os últimos dias foram mais chuvosos em grande parte da região produtora de soja, situação que permitiu um início e avanço mais generalizado do plantio. Na sexta-feira (dia 11), a StoneX indicou que a semeadura da oleaginosa alcançava 11,2% da área nacional prevista. Os estados do Centro-Oeste estão atrás do registrado nesse mesmo período do ano passado, enquanto o plantio no Paraná estava 44% completo, contra 39% nessa mesma semana de 2023.

 
cAsset 1  MILHO

Colheita acelerada e WASDE baixista pressionam milho

A semana foi de desvalorização para o milho, com o vencimento de dez/24 encerrando a última sexta-feira negociado a US¢415,75/lb, uma queda de 2,1% na semana. O clima mais seco nos EUA, apesar de trazer uma preocupação com o nível dos rios do país, que são importantes para o escoamento da colheita, segue sendo benéfico para os trabalhos de campo. Motivados pelo WASDE, publicado pelo USDA na sexta-feira, uma elevação das posições vendidas ajudou a pressionar os preços. Na B3, os futuros de milho tiveram uma valorização de 0,7% para o vencimento de novembro/24. Apesar das quedas no mercado internacional, o mercado doméstico recebeu suportes do câmbio. O Real desvalorizou quase 3% em comparação ao dólar em um contexto geral de aversão ao risco.

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Asset 11  ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais registram correções em suas principais bolsas

Os futuros de óleo de soja registraram queda na última semana de negociações, com o mercado tentando realizar algumas correções após as altas intensas entre a segunda metade de setembro e o início de outubro, enquanto os agentes aguardavam uma reafirmação das estimativas positivas para a soja pelo USDA em sua atualização de outubro. Além disso, a EIA revisou para baixo suas projeções de produção de HVO nos Estados Unidos em 2025, reforçando a percepção de que o mercado de biocombustíveis no país, embora crescente, está avançando em um ritmo mais lento que o esperado. O contrato de dez/24 fechou o período cotado a US¢ 43,3/lb, com queda de 1,5%.

O óleo de palma fechou em queda, passando por algumas correções, mas mantendo-se em níveis significativamente elevados, acima dos USD 1000/t. Os fatores ligados à preocupação com a oferta continuam tendo maior peso entre os fundamentos. Todavia, a confirmação de forte queda nas importações indianas, concretizando os efeitos negativos dos preços altos e dos novos impostos de importação do país sobre a demanda, tende a contribuir para conter novos aumentos de preços no curto prazo. O contrato de dez/24 terminou cotado a USD 1005/t, queda semanal de 1,5%.

 
Asset 9  FERTILIZANTES
Valorização da ureia, estabilidade para o MAP e queda para o cloreto de potássio 

No mercado brasileiro, os preços CFR da ureia aumentaram em comparação a semana passada. A licitação da Índia, de um lado, e as tensões do conflito no Oriente Médio, de outro, trouxeram sentimentos altistas para os nitrogenados. Vale lembrar que, até o final do ano, compradores brasileiros retornarão ao mercado para adquirir insumos para a safrinha. No mercado de fosfatados, os preços do MAP permaneceram estáveis, e, no setor de potássicos, os fundamentos seguem fracos. Uma redução das cotações CFR do cloreto de potássio foi registrada.

 
Asset 12  PECUÁRIA
Com preços ainda em alta, o destaque semanal ficou com as cotações futuras que romperam a barreira de R$ 310/@   
Os preços físicos ainda seguem escalando, com a liderança de Araçatuba (SP) que permanece como a praça que melhores preços oferecem no país, com R$ 299,75/@. Mas o verdadeiro destaque semanal ficou com os preços futuros, que continuam avançando exponencialmente. Assim, os contratos para outubro/24 atingiram na semana R$ 310,50/@. Outro ponto importante vem sendo o preço da carne no atacado, que ultrapassou os R$ 20/kg na carcaça cassada, permitindo assim que a margem da indústria voltasse a operar positivamente, uma vez que o avanço nos preços do boi gordo tinha mais rápido que os preços no atacado, fazendo com que as margens ficassem pressionadas entre o final de setembro e o começo de outubro.   
 
Asset 13  AÇÚCAR E ETANOL
Semana de direcionamento pouco claro para o açúcar no mercado futuro

Nesta sexta-feira (11), o açúcar bruto em NY fechou em alta moderada pelo terceiro pregão seguido, mas que não foi suficiente para impedir que o contrato de março/25 fechasse em queda frente à semana anterior. Ao final da sessão de hoje, o H25 finalizou precificado a US¢ 22,24/lb, 3,3% abaixo da semana passada, quando os preços ainda oscilavam acima do nível de US¢ 23,00/lb. Sem muitas novidades além do relatório da UNICA, que trouxe números dentro do esperado, a semana foi de ajuste em relação aos patamares observados na virada do mês. Até a terça-feira, essa queda acumulada em quatro sessões chegou a se estender para cifras abaixo de US¢ 22,00/lb, tocando inclusive a região de US¢ 21,80/lb, mas voltando a subir posteriormente. Do lado dos fundamentos, uma pista baixista pode vir com mais ênfase caso as chuvas no Centro-Sul cheguem com mais intensidade nas áreas de cana. Entretanto, por si só, a escalada recente de preços já trazia uma pressão para correção, uma vez que grande parte do movimento foi motivado por fatores especulativos.

Hidratado tem valorização nas usinas nesta semana
Segundo o acompanhamento dos preços spot do etanol hidratado realizado pela StoneX, com base em Ribeirão Preto (SP), as cotações fecharam a semana em torno de R$ 2,96/L, uma alta de R$0,04/litro. Os preços voltaram a se recuperar no período, mas encontram limites, considerando que os estoques do biocombustível ainda seguem elevados nas usinas, o que interfere na negociação com as distribuidoras. Apesar de ainda não atingirem os níveis observados em agosto, por exemplo, o início da entressafra – que deve ser antecipado frente o ciclo anterior dado o progresso da moagem – pode oferecer suporte para a recuperação dos preços.
 
Asset 7  CAFÉ
Hidratado tem valorização nas usinas nesta semana

O indicador coletado pela StoneX para o etanol hidratado (PVU, com impostos) em Ribeirão Preto (SP) fechou em R$ 3,02/litro, alta semanal de 2%. Como evidenciado pelas vendas das usinas ao mercado doméstico na segunda quinzena de setembro, as compras podem estar retornando a patamares mais propícios à alta de preços, ao contrário do início de setembro até a terceira semana do mês, quando o ritmo comprador caiu significativamente a ponto de causar pressão de baixa dos preços. Já no momento, ao contrário também de setembro, o alto volume de tancagem em algumas usinas parece ter normalizado, e outubro pode ficar marcado por pico de estoques no Centro-Sul e queda do indicador em diante.

 
Asset 5  CACAU
Mercado se prepara para a divulgação das moagens globais de cacau no 3º trimestre de 2024

Na última semana, o mercado futuro de cacau reverteu a tendência de queda observada na semana anterior, registrando uma valorização expressiva em todos os contratos. A movimentação altista ocorreu após uma acentuada desvalorização registrada na semana anterior, impulsionada em grande medida pela perspectiva de adiamento da implementação da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR), o que resultou em um alívio de curto prazo da demanda pelo produto. Na última semana, contudo, essa tendência de queda foi revertida, possivelmente iniciada como uma correção técnica das cotações, que haviam sofrido perdas substanciais, e intensificada pelo contexto incerto do mercado de cacau. Entre os fatores que provavelmente contribuíram para a alta, destacam-se a proximidade da divulgação dos dados de moagem referentes ao terceiro trimestre de 2024, a manutenção das preocupações climáticas na África Ocidental e seu impacto no início das entregas de cacau nessa região.

 
Asset 6  ALGODÃO
WASDE faz algodão encerrar semana em queda
Os contratos da pluma negociados em Nova Iorque encerraram a semana passada acumulando uma queda de 1,45% na referência de dezembro/24, sendo negociado a US¢71,03/lb. O Relatório de Oferta & Demanda do USDA, na semana passada, apesar de ter trazido reduções na produção dos EUA, conforme já era esperado, trouxe também reduções para as exportações e consumo doméstico do país, fazendo com que as estimativas de estoques finais ficassem maiores, o que é um fator baixista para a pluma do país. Além disso, uma revisão positiva na produção chinesa tirou espaço das importações do país asiático, o que deve seguir limitando a demanda internacional pela pluma dos países exportadores, como EUA, Brasil e Austrália. Novas revisões para a produção dos EUA não estão descartadas, uma vez que as lavouras do leste do cinturão do algodão norte-americano podem ter sido fortemente afetadas pela temporada de furacões mais ativa neste ano. Além disso, o mercado segue repercutindo fatores macroeconômicos, conforme teremos, no início de novembro, mais uma reunião do FOMC, nos EUA, onde o mercado aponta mais um corte na taxa de juros da maior economia do mundo, que deve ser de 0,25% na ocasião.
 
Asset 8  PETRÓLEO
Petróleo recua com sinais de enfraquecimento da economia chinesa

Na última semana, as cotações de futuros do Brent encerraram o período com uma alta de 1,27%, sendo negociados na sexta-feira (11) a USD 79,04 bbl. Os contratos do WTI seguiram a mesma trajetória, acumulando uma alta de 1,57% na semana, cotados a USD 75,56 bbl. Os investidores seguiram precificando os riscos de oferta associados ao conflito no Oriente Médio, refletindo o acirramento das ofensivas no Líbano e uma possível retaliação de Israel contra o Irã. Entretanto, um forte aumento das reservas de petróleo nos Estados Unidos e perspectiva de aumento da oferta global de petróleo contribuíram para limitar o avanço das cotações. Além disso, a percepção de uma economia chinesa enfraquecida, que se reflete sobre o mercado de petróleo e derivados interno, atuam como forças baixistas sobre os preços.

 
cAsset 3  DIESEL
Importações de diesel A pelo Brasil alcançam maior valor no ano
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY Harbor ULSD encerrou o período com alta acumulada de 1,35%, terminando a sexta-feira (11) em USD 2,3439 por galão.  O combustível estendeu a tendência das últimas semanas, ainda acompanhando as variações do Brent no período. Assim, os conflitos geopolíticos no Oriente Médio seguiram apoiando os preços, com investidores refletindo os riscos de oferta de petróleo e derivados da região conforme tensões entre Israel e Irã seguiram elevadas na semana.
 
cAsset 3  GASOLINA
Preços atingem os maiores valores em seis semanas
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB registrou alta de 2,7%, cotado a USD 2,15 por galão na sexta-feira (11). O combustível encontrou apoio com a forte queda dos estoques americanos, além dos preços do petróleo também variarem positivamente ao longo do período influenciados pelas questões geopolíticas no Oriente Médio e os riscos de oferta associados à represália israelense sobre o Irã.
 
 

 

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