Estendendo o movimento da véspera, o par real/dólar operava em alta na abertura desta terça-feira (12), respondendo ao ambiente de aversão ao risco no exterior e à apreensão dos investidores com os impactos fiscais da proposta de emenda à Constituição (PEC) 01/2022, conhecida como PEC dos Auxílios. Logo nos primeiros negócios do dia, a taxa de câmbio da moeda brasileira era negociada logo abaixo dos R$ 5,39, em alta de 0,3% em relação ao fechamento de ontem. No exterior, o dollar index voltou a se posicionar acima dos 108 pontos, operando em valorização de 0,2%.
Em Brasília, o dia será marcado pela votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, em sessão conjunta do Congresso durante a manhã, e da PEC dos Auxílios na Câmara, durante a tarde. No Senado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião extraordinária sobre o aumento do preço dos combustíveis e o planejamento do abastecimento de carburantes no Brasil. A CAE receberá os ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e da Economia, Paulo Guedes.
Assim como na abertura da semana, os mercados operavam em modo de aversão ao risco nesta terça, com a saída de recursos de mercados considerados mais vulneráveis a um contexto de desaceleração econômica e contração monetária, como as commodities e índices acionários, e buscando a segurança da moeda americana. As preocupações com uma eventual crise energética na Europa, diante da possibilidade de interrupção do fornecimento de gás natural da Rússia para o continente, e os sinais de desaceleração das economias da zona do euro levaram a moeda única a romper a paridade com o dólar, chegando a ser negociada em seus menores valores desde 2002. O ressurgimento de surtos de Covid-19 na China, e a descoberta de uma nova mutação da variante ômicron, também contribuíam para elevar a apreensão dos investidores com novos lockdowns no país e para pressionar os ativos de economias emergentes.
Nesta manhã, o IBGE divulgou a atualização da Pesquisa Mensal de Serviços para o mês de maio. De acordo com o levantamento, o setor registrou crescimento de 0,9% no volume de serviços na comparação com abril, acumulando desde o início de 2022 uma variação positiva de 9,4%. A retomada recente permitiu que o setor superasse em 8,4% o patamar de fevereiro de 2020, referência para o período pré-pandemia.
Todos os cinco setores avaliados pelo IBGE apresentaram avanços em maio, com destaque para Transportes, que registrou alta de 0,9% e compensou parte da contração de 2,5% verificada em abril. Entre as atividades do setor, destaca-se o transporte rodoviário de cargas, que alcançou seu maior nível da série histórica ao contabilizar um crescimento de 1,8% no volume de serviços prestados no mês. As principais fontes de demanda do transporte rodoviário de cargas têm sido as vendas do comércio eletrônico, o setor agropecuário e as indústrias de bens de capital e bens intermediários.
A atividade de serviços prestados às famílias, que teve expansão de 1,9% em maio, permanece 7,0% aquém do nível pré-pandemia – o único dos setores que ainda não apresenta recuperação completa. A retirada de restrições tem favorecido a busca por serviços presenciais, como restaurantes e hotéis, e em menor medida uma retomada na procura por academias. Atividades turísticas permanecem 0,1% abaixo do patamar observado em fevereiro de 2020, depois de apresentarem variação positiva de 2,6% em maio.
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