Abertura de Câmbio

Câmbio inicia a quarta em baixa,
cotado ao redor de R$ 5,33
 
Leonel Oliveira Mattos
Leonardo Rossetti
Vitor Andrioli
Dólar deve refletir decisão de juros do Fed

O par real/dólar apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta quarta-feira. No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,33, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 107,0 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. O mercado de divisas deve seguir em compasso de espera pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reverse (Fed), às 15h00min, quando o Comitê deve realizar um forte reajuste na taxa de juros americana – as apostas no mercado futuro de juros se alternam entre 0,75 p.p. (maioria) e 1,00 p.p. (minoria). Entretanto, há menor clareza sobre os próximos passos da instituição, e as atenções estarão voltadas para o comunicado e a entrevista coletiva divulgados após a decisão. No cenário doméstico, é digno de nota a mobilização de juristas, empresários, banqueiros, artistas e personalidades para assinar um amplo manifesto a favor da democracia e do sistema eleitoral, contrapondo-se às ameaças feitas pelo presidente da República às instituições brasileiras, porém sem citá-lo nominalmente. Na agenda do dia, o Banco Central do Brasil divulga, com atraso, estatísticas monetárias e de crédito e de mercado aberto, às 09h30min, e dados do fluxo cambial, às 14h30min, enquanto o Departamento de Análises Econômicas dos Estados Unidos (BEA) publica a balança comercial do mês de junho no país, às 09h30min.

O dólar negociado no mercado interbancário abriu a manhã em queda nesta quarta-feira, oscilando ao redor da marca de R$ 5,33. As atenções dos mercados financeiros estão voltadas para o FOMC e sua decisão de política monetária. A maior parte dos analistas aguardam por um segundo reajuste consecutivo de 0,75 p.p. na taxa de juros federal americana (fed funds rate), mantendo sua postura agressiva de combate à aceleração de preços elevada, disseminada e persistente mesmo diante de alguns sinais de que a atividade econômica possa estar desacelerando. Em que pese afirmar que ainda é possível um “pouso suave”, isto é, conter as taxas de inflação sem provocar uma recessão econômica, o Federal Reserve indicou anteriormente que prioriza a estabilização de preços mesmo que corra um risco de desacelerar excessivamente a produção e a demanda.

Apesar de poucos duvidarem do “comprometimento incondicional” do FOMC no combate à inflação, há significativa incerteza sobre a evolução dos indicadores econômicos para o curto prazo e, como consequência, da trajetória futura do aperto monetário a ser realizado pelo Fed. Nenhuma das previsões para as decisões do FOMC para além de julho no mercado futuro atinge 50% do volume de negócios, e há significativa dissonância a respeito do comportamento das taxas de inflação ao longo dos próximos meses. Nesse sentido, a publicação da prévia do Produto Interno Bruto (PIB) para o segundo trimestre nos Estados Unidos, amanhã, também deverá ser bastante acompanhada por analistas a fim de estimar a condição econômica atual do país.

Por fim, é importante destacar que membros da sociedade civil se organizaram para assinar um amplo manifesto a favor da democracia e do sistema de votação brasileiro, apontando a existência de um "imenso perigo para a normalidade democrática". No documento, ainda, os signatários mencionam "ataques infundados e desacompanhados de provas" contra o sistema eleitoral e "insinuações de desacato ao resultado das eleições". Em que pese as óbvias inferências ao presidente Jair Bolsonaro, o texto não o cita nominalmente. Entre os signatários, estão presidentes e CEOs de grandes bancos e empresas de capital aberto, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, juristas, artistas, personalidades, dentre outros.

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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