cotado ao redor de R$ 5,26
A taxa de câmbio apresentava pequena tendência de elevação nas primeiras operações desta quinta-feira (28). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,26, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,9 pontos, ganho de 0,4% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas ainda repercute a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) de ontem, em que uma onda de apetite por riscos foi desencadeada após o entendimento de que a autoridade americana possa desacelerar seu ritmo de aumento de juros no futuro. Enquanto alguns analistas apontam que a reação pode ter sido excessiva ao ser baseada em um comentário da entrevista coletiva, outros apontam que a ausência de orientação futura (foward guidance) potencializa a possibilidade de interpretações errôneas. Será destaque durante o dia a divulgação prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre para os Estados Unidos, em um importante indício da saúde econômica para o país em um momento de temores de estagnação. Na agenda do dia, também, a Fundação Getúlio Vargas publicou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), às 08h00min, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Produtor (IPP), às 09h00min, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos (DOL) atualiza o número de pedidos semanais de auxílio-desemprego daquele país, às 09h30min, o Ministério do Trabalho e Previdência divulga os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, às 14h00min, a Secretaria do Tesouro Nacional informa o resultado primário do Governo Central para o mês de junho, às 14h30min, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, concede entrevista às 19h00min.
Recessão Técnica nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário apresentava forte queda após o PIB dos Estados Unidos surpreender e registrar retração de -0,9% no segundo trimestre de 2022 em uma taxa anualizada (ou -0,22% em termos trimestrais), frente a uma expectativa mediana de crescimento de 0,5% no período. Foi o segundo trimestre de retração consecutiva, visto que o PIB se contraiu em 1,6% no primeiro trimestre em uma taxa anualizada (ou -0,4% em termos trimestrais). Dois trimestres seguidos de retração são habitualmente considerados como uma recessão técnica pelos economistas. O resultado deve ampliar os temores de uma desaceleração econômica intensa no país e mostra como a aceleração de preços alta, persistente e disseminada impactou o consumo acima do esperado por analistas. As despesas de consumo pessoal cresceram a uma taxa anualizada de apenas 1,0% entre abril e junho, ante uma previsão mediana de 1,3%, enquanto as vendas finais ao consumidor (que exclui comércio exterior e variação de estoques) recuou em 0,3% no segundo trimestre – a primeira queda desde o começo da pandemia de Covid-19.
Menos juros pelo Fed? A leitura aquém do esperado para as Contas Nacionais dos EUA deve consolidar as interpretações de que o Federal Reserve poderá reduzir o ritmo de aperto monetário no país, pois uma possível queda da atividade econômica, com redução da renda, produção e consumo, em tese, aliviaria as pressões sobre os preços ao consumidor e, portanto, demandaria menor contração das condições financeiras. Ontem, apesar do banco central ter reafirmado seu “forte comprometimento” com a reestabilização de preços e reajustado a taxa de juros federal (fed funds rate) em 75 pontos base pela segunda decisão consecutiva, um comentário do presidente do Fed, Jerome Powell, de que “enquanto outro aumento incomumente elevado [de 0,75 ponto percentual] pode ser apropriado na nossa próxima reunião, essa é uma decisão que dependerá dos dados que recebermos entre agora e depois” foi mal-recebido pelos investidores e interpretado como uma indisposição a repetir um novo ajuste de 0,75 p.p. Assim, logo após a entrevista, observou-se um rali para ativos de risco e uma aversão ao dólar e ao mercado de títulos.
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