cotado ao redor de R$ 5,16
O par real/dólar não apresentava direção definida nas primeiras operações desta sexta-feira (29), alternando perdas e ganhos. No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,16, praticamente estável frente ao término de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,2 pontos, variação de -0,1% ante à véspera. O movimento do último pregão do mês deve ser acompanhado por maior volatilidade nos horários utilizados pelo Banco Central (BC) para a formação da taxa Ptax de fim de mês, entre as 11h00min e as 13h10min. Além disso, o mercado de divisas deve repercutir a divulgação de dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos e na Europa. A semana foi marcada por receios de que uma recessão econômica possa ocorrer nos próximos meses, lançando dúvidas sobre a capacidade de o Federal Reserve (Fed) cumprir seu plano de reajustes agressivos na taxa de juros americana. Espera-se que os índices de preços ao consumidor publicados hoje mantenham-se elevados e disseminados, realçando a complexidade do desafio dos bancos centrais em recuperar a estabilidade de preços em meio a um contexto de desaceleração econômica. No Brasil, é digno de nota que a taxa de desemprego do país recuou de 9,8% no trimestre terminado em maio para 9,3% no trimestre com fim em junho, levemente abaixo das expectativas de analistas. Na agenda do dia, a Universidade de Michigan informa o índice de confiança do consumidor americano, às 11h00min.
Taxa Ptax de fim de mês O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre altos e baixos na manhã desta sexta-feira (29), sem um tendência definida na primeira hora de operações. O câmbio poderá apresentar maior volume de negócios e, também, maior volatilidade dentro das janelas de horários utilizadas pelo BC para o cálculo da taxa Ptax de fim de mês. A taxa Ptax é uma referência divulgada diariamente pelo BC e seu valor de fim de mês é muito utilizado em contratos de câmbio e derivativos. Desta forma, os operadores do mercado intensificam suas operações neste intervalo disputando a sua definição.
Dilema para os bancos centrais As leituras dos indicadores econômicos desta manhã revelou o tamanho do desafio para os bancos centrais das economias avançadas. Os mercados financeiros já haviam feito forte reposicionamento de carteiras após a interpretação de certa hesitação do Federal Reserve em sustentar um ritmo agressivo de aumentos na taxa de juros americana e a divulgação de que o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos se contraiu pelo segundo trimestre consecutivo. Por outro lado, as divulgações de hoje mostraram que as pressões inflacionárias se mantêm em níveis extraordinários, ressaltando que dificilmente será possível um “pouso suave” – para conter a aceleração de preços, provavelmente será necessário vivenciar uma recessão econômica.
Inflação em patamares recordes Hoje, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da área do euro subiu 0,1% no mês de julho e acumula alta de 8,9 em 12 meses, maior valor para a série histórica iniciada em 1997. O Índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) dos Estados Unidos, indicador mais utilizado pelo Fed para medir preços ao consumidor, se acelerou em 1,0% no mês de junho e em 6,8% no acumulado em 12 meses, maior patamar desde janeiro de 1982. Já o Índice de Custo de Emprego dos EUA se elevou em 1,3% no segundo trimestre de 2022, após aumento de 1,4% no primeiro trimestre. Todas estas leituras superaram as estimativas de analistas.
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