cotado ao redor de R$ 5,14
A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta segunda-feira (01). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,14, recuo de 0,6% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,6 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas começa o mês repercutindo as mudanças nas expectativas para os juros americanos e aguardando pela decisão de política monetária no Brasil. O ambiente internacional era de enfraquecimento do dólar e valorização de ativos arriscados, em função das novas perspectivas de ganhos menores nos mercados de títulos dos Estados Unidos. Mesmo a divulgação de dados negativos para a indústria chinesa, nesta madrugada, não foi suficiente para frear o apetite por riscos dos investidores. No Brasil, segundo o boletim Focus, os analistas de instituições financeiras apostam que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará seu último reajuste à taxa básica de juros (Selic) nesta quarta-feira (03), passando de 13,25% a.a. para 13,75% a.a. Na agenda do dia, a S&P Global divulga o Índice Gerente de Compras (PMI) industrial do Brasil, às 10h00min, o instituto ISM publica o PMI manufatureiro para os EUA, às 11h00min, e o Ministério da Economia atualiza os dados semanais da balança comercial brasileira, às 15h00min.
Reconfiguração de carteiras O dólar negociado no mercado interbancário alternava perdas e ganhos na manhã desta segunda-feira, repercutindo a expectativa de altas menores para os juros americanos. Após um comunicado do Federal Reserve da semana passada interpretado como mais suave que o antecipado e uma leitura abaixo do esperado para o Produto Interno Bruto estadunidense no segundo trimestre deste ano, há um fluxo significativo de recursos saindo do mercado de títulos dos Estados Unidos em direção a ativos mais arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes.
Problemas econômicos na China O apetite por riscos dos investidores se manteve elevado mesmo diante da divulgação de dados negativos na China nesta madrugada. O consórcio Caixin/S&P Global mostrou que o setor industrial do país desacelerou seu ritmo do crescimento além do estimado, recuando de 51,7 pontos em junho para 50,4 pontos em julho. A mediana das expectativas de analistas apontava para uma leitura de 51,5 pontos. O dado se soma ao Produto Interno Bruto (PIB) aquém do esperado para o segundo trimestre, quando o indicador cresceu apenas 0,4% ao ano. As autoridades econômicas buscam fortalecer a atividade econômica com novos estímulos monetários e fiscais, particularmente ao setor imobiliário.
Boletim Focus No Brasil, o boletim Focus, do Banco Central, apontou que a mediana das instituições financeiras aposta que o Copom aumentará a taxa Selic pela última vez nesta quarta-feira, elevando-a de 13,25% a.a. para 13,75% a.a. O levantamento continua a apontar uma tendência de melhora para os indicadores de 2022, como queda na expectativa para o IPCA em dezembro deste ano (7,15%, pelo boletim desta segunda) e aumento para a taxa do PIB (1,97%). Contudo, também continua a sinalizar uma piora generalizada para dezembro de 2023, com aumento da inflação (5,33%), recuo no PIB (0,40%), alta nos juros Selic (11,00%) e crescimento no endividamento público líquido (63,80%). Caso as previsões do relatório se confirmem, o Brasil irá estourar a meta da inflação por três anos consecutivos, ou seja, 2021, 2022 e 2023.
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