Copom aumenta Selic para 13,75% a.a. O dólar negociado no mercado interbancário alternou entre perdas e ganhos ao longo desta quarta-feira, até encerrar o dia em variação marginal de +0,02%, ou apenas R$ 0,001, em relação ao término de ontem. A cotação da divisa americana oscilou entre uma máxima intradiária de R$ 5,3171 (+0,76%) e uma mínima de R$ 5,244 (-0,63%). Aparentemente, os agentes evitaram assumir uma postura muito definitiva antes da decisão do Copom, em que o Comitê reajustou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, após o fim das negociações. Este movimento já era largamente antecipado pelos agentes de mercado, havendo maior dúvida, porém, sobre os próximos passos do Banco Central.
Indefinição na trajetória dos juros Em seu comunicado divulgado após a decisão, o Copom apontou para as possibilidades crescentes de um cenário de menor crescimento global em um ambiente de inflação ainda elevada e para os impactos negativos que a incerteza sobre o arcabouço fiscal e os estímulos fiscais adicionais trazem sobre as expectativas de inflação, juros e câmbio da economia. Ainda assim, o Comitê julgou por bem não indicar um próximo passo para sua política monetária, afirmando que “avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude [0,25 p.p.], em sua próxima reunião”, mas que poderá alterar sua rota “para assegurar a convergência da inflação para suas metas”.
Aperto monetário pelo Fed A política monetária do Federal Reserve também recebeu destaque durante o dia, após mais presidentes de escritórios regionais defenderem uma atuação agressiva da instituição contra a inflação. A presidenta do Fed de San Francisco, Mary Daly, reafirmou hoje que um reajuste de 0,50 p.p. na decisão de setembro é seu “ponto de partida”, porém que “caso nós vejamos uma inflação avançando destemidamente, o mercado de trabalho sem mostrar sinais de desaceleração, aí estaremos em uma posição diferente em que uma alta de 75 pontos base possa ser mais apropriada”. Já o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, declarou que o banco central americano vai se manter “rígido” na busca pela reestabilização de preços e que isso provavelmente deve envolver a manutenção de taxas de juros “mais altas por mais tempo”.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 106,4 pontos, variação de +0,1% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo se desvalorizaram perante a moeda americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,327 pontos, alta de 0,1% em relação ao encerramento de terça-feira.
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