Abertura de Câmbio

Câmbio abre a quinta em baixa,
cotado ao redor de R$ 5,26
 
Leonel Oliveira Mattos
Leonardo Rossetti
Vitor Andrioli
Dólar reflete possibilidade de fim do ciclo de aperto monetário pelo Copom

O par real/dólar apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta quinta-feira (04). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,26, variação de -0,4% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,3 pontos, recuo de 0,2% em relação ao término de quarta-feira. O mercado de divisas repercute o comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em que se elevou a taxa básica de juros (Selic) de 13,25% a.a. para 13,75% a.a.. No documento, o Comitê afirmou que “avaliará a necessidade de um ajuste residual” de 0,25 p.p. na próxima reunião, em 21 de setembro, sinalizando o desejo de encerrar o seu ciclo de aperto monetário após 18 meses. No exterior, o humor era positivo em meio a uma boa temporada de divulgação de balanços corporativos e alívio das tensões geopolíticas após a presidenta da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, deixar Taiwan e prosseguir com sua comitiva pelo sudeste asiático. Na agenda do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA (DOL) atualiza os pedidos semanais de seguro-desemprego, às 09h30min, e a presidenta do Federal Reserve de Cleveland, Loretta Mester, discursa às 13h00min.

Aumento na taxa Selic O mercado de divisas operava em leve baixa na manhã desta quinta, repercutindo a possibilidade de uma alta residual na taxa Selic pelo Copom na sua decisão de setembro. Ontem, o Comitê decidiu, por unanimidade, reajustar a taxa básica de juros de 13,25% a.a. para 13,75% a.a., em uma decisão largamente antecipada por analistas de mercado. Em seu comunicado, o Banco Central afirmou que “avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude [0,25 p.p.], em sua próxima reunião”, apesar de descrever um cenário de volatilidade maior que o usual, de previsão crescente para a inflação em 2023 e de um “risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos”.

Histórico da taxa básica de juros (Selic) definida pelo Copom (% a.a.)
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Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: Stonex.

Fim da alta de juros? Analistas agora debatem qual deve ser o próximo passo da autoridade monetária, isto é, um último reajuste para a taxa Selic ou optar pela manutenção do nível atual. No mercado futuros de juros, os investidores se dividiam entre apostas de um aumento de 0,25 p.p. (42,38% das apostas), manutenção (39,00%) ou um aumento de 0,50 p.p. (14,00%). O presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, já expressou um desejo de interromper as altas de juros em algumas entrevistas no primeiro semestre, porém foi contrariado pela piora da conjuntura nacional e internacional. Desta forma, parece que a intenção do Copom é a de manter o juro parado, porém mantendo aberta as possibilidades caso as expectativas de inflação continuem piorando.

Banco da Inglaterra Por fim, é digno de nota que o Banco da Inglaterra (BoE) elevou a sua taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual pela primeira vez desde 1995, passando-a de 1,25% a.a. para 1,75% a.a. – maior patamar desde 2008. Em seu comunicado, o banco central britânico alarmou investidores ao prever que uma recessão deve se iniciar no Reino Unido no último trimestre deste ano e perdurar por todo 2023, ao passo que a inflação ao consumidor deve atingir um pico de 13,3% em outubro. Mesmo diante de uma forte desaceleração econômica, o BoE notou que se manterá firme na busca pela estabilização de preços.

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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