cotado ao redor de R$ 5,21
A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (05). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,21, recuo de 0,2% em relação ao término de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,9 pontos, variação de +0,2% ante à véspera. O mercado de divisas deve repercutir o Relatório da Situação de Emprego do mês de junho para os Estados Unidos, ansioso por sinais da vitalidade da atividade econômica no país após a inesperada queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano. Embora a mediana das expectativas aponte para a criação de 250 mil novas vagas de trabalho e para a estabilidade da taxa de desemprego, em 3,6%, muitos dos analistas acreditam que este pode ser um ponto de inflexão, com progressiva piora deste ponto em diante. No Brasil, a recente alta para a taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central motivou um forte apetite pelos ativos locais, com quedas expressivas dos juros futuros, da taxa de câmbio e forte alta do Ibovespa.
Relatório da Situação de Emprego O dólar negociado no mercado interbancário reagiu com intensidade à divulgação do Relatório da Situação de Emprego dos Estados Unidos para o mês de junho, que superou largamente as previsões de analistas. A criação líquida de empregos nesse mês foi de 528 mil, mais que o dobro da mediana das estimativas de analistas, que apontava para um saldo positivo de 250 mil novas vagas. A taxa de desemprego se reduziu ainda mais, de 3,6% para 3,5%, e a remuneração média para a hora trabalhada subiu 0,5% – ambos acima das estimativas. A geração de empregos para o mês de maio também foi revisada para cima, de 372 mil para 398 mil. Com estas leituras, os EUA recuperam o nível total de emprego de fevereiro de 2020, anterior à pandemia de Covid-19.
Força do mercado de trabalho – e da economia Os números surpreenderam a maior parte dos analistas, visto que mostra o aquecimento da atividade produtiva e do mercado de trabalho em um momento em que a maior parte dos agentes acreditam em uma desaceleração. Os mercados financeiros sofreram grande volatilidade nos últimos meses por um temor crescente de uma recessão, e havia alguma expectativa de que o Federal Reserve (Fed) fosse obrigado a reduzir o seu ritmo de alta de juros por conta de uma possível estagnação econômica. Este relatório parece mostrar que, pelo menos momentaneamente, a economia americana permanece em expansão – o que, em tese, sugere que o Fed precisará manter altas agressivas no juros para conter a aceleração de preços.
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