cotado ao redor de R$ 5,13
O par real/dólar apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta segunda-feira (08). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,13, recuo de 0,8% em relação ao término de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,3 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas repercute um ambiente de maior apetite por riscos em função das expectativas por dados mais favoráveis de inflação nesta semana. Amanhã serão divulgados os principais índices de preços ao consumidor acompanhados no Brasil (IPCA) e nos Estados Unidos (CPI), com previsão de que ambos mostrem uma desaceleração na leitura mensal. Ainda que o cenário global de inflação permaneça desafiador, e os bancos centrais continuem alertando consistentemente sobre a necessidade de buscar a estabilidade de preços, há uma esperança de que este possa ser um ponto de “pico” para os preços, ou seja, que os indicadores passem a apresentar números menores deste ponto em diante. Na agenda do dia, o Ministério da Economia atualiza os números semanais da balança comercial brasileira, às 15h00min.
Pico da inflação? O mercado de divisas operava em baixa significativa na manhã desta segunda-feira, acompanhando o maior apetite por riscos do cenário externo. O movimento internacional é, em partes, uma correção aos fortes ganhos da moeda americana na sexta-feira, após a divulgação de dados acima do esperado para o mercado de trabalho nos Estados Unidos ampliar as apostas de que o Federal Reserve (Fed) possa manter uma trajetória de firmes altas de juros neste ano. Para esta semana, há uma leve moderação nessas apostas em função das expectativas de que a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI) dos Estados Unidos mostre apenas um pequeno aumento sobre o mês anterior, gerando a esperança de que a inflação nos EUA possa estar em seu momento de pico. Caso isso se confirme, e as leituras dos indicadores de preços se mostrem menores deste ponto em diante, isso, em tese, possibilitaria ao Fed uma postura menos rígida.
Fluxo estrangeiro para o Brasil No Brasil, de forma semelhante, a mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho é uma variação negativa em -0,64%, contribuindo ao fortalecimento do real nesta manhã. Analistas apontam, também, que a perspectiva do fim do aumento da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central impõe um teto para os rendimentos projetados para títulos de renda fixa no Brasil, o que torna, por comparação, a renda variável mais atraente, isto é, com maior potencial de ganho. Além disso, há uma expectativa de que a taxa Selic vá começar a ser reduzida em algum ponto entre 2023 e 2024, o que também gera uma projeção de ganho potencial maior pela aposta de um ambiente de negócios mais favorável no médio prazo.
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