cotado ao redor de R$ 5,07
A taxa de câmbio oscilava sem direção definida nas primeiras operações desta quinta-feira (11). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,07, variação de -0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,8 pontos, queda de 0,4% em relação ao fechamento de quarta-feira. O mercado de divisas repercutia a divulgação de que o Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos em julho se contraiu pela primeira vez desde abril de 2020, aumentando as expectativas de que o Federal Reserve possa ser mais flexível em seu aperto monetário. No Brasil, o dia será marcado pela leitura de diversos manifestos em defesa à democracia e ao sistema eleitoral, em uma crítica aos ataques recorrentes feitos pelo presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
Surpresa no PPI O dólar negociado no mercado interbancário alternava perdas e ganhos na manhã desta quinta-feira, oscilando ao redor da marca de R$5,08. No exterior, a divisa americana prosseguia seu amplo enfraquecimento, iniciado ontem, em meio a duas surpresas em leituras para a inflação do mês de julho. Enquanto, ontem, o Índice de Preços ao Consumidor se manteve estável (0%), abaixo da mediana das estimativas (0,2%), hoje o PPI manteve a tendência e registrou variação de -0,5% no mês, ante uma expectativa mediana de +0,3%. O núcleo do indicador, isto é, excluindo-se alimentação e energia, aumentou 0,2% no período, também abaixo da mediana das estimativas, que apontava crescimento de 0,4%. O principal fator que contribuiu para essa queda foi um recuo de 9,0% nos preços de energia, puxados, por sua vez, por uma queda de 16,7% nos preços de gasolina e de 16,6% nos preços de diesel.
Alívio inflacionário nos EUA Esta foi a primeira deflação para o indicador de custos à produção desde abril de 2020, início da pandemia de Covid-19 e momento em que os preços do petróleo também estavam em queda. Os números de ontem e de hoje foram o primeiro sinal de alívio inflacionário em muito tempo para o país. A questão que resta é se este é um momento extraordinário, fora da curva, ou se, de fato, os preços aos consumidores e produtores irão começar a moderar deste ponto em diante. Analistas tentam prever se o Federal Reserve manterá seu ritmo agressivo de reajustes na taxa de juros americana, com altas de 0,75 p.p., ou se ele também poderá moderar seu ritmo e se utilizar de aumentos de menor magnitude.
Seguro-desemprego em alta Outro indicador que sugere uma maior margem de manobra para o Fed foram os pedidos semanais de auxílio desemprego. Na semana encerrada em 06 de agosto, foram solicitados 262 mil novos benefícios, ligeiramente acima do estimado por analistas, em 260 mil. O indicador apresenta tendência de alta há 18 semanas, o que pode ser observado pela média móvel abaixo, sugerindo que o mercado de trabalho possa estar iniciando um processo de enfraquecimento e demissões.
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