A taxa de câmbio apresentava tendência de firme alta nas primeiras operações desta quarta-feira (17). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,20, avanço de 1,2% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,7 pontos, variação de +0,2% ante à véspera. O mercado de divisas repercute o ambiente de negócios de pouco apetite por riscos em função da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) para o Reino Unido no maior patamar desde fevereiro de 1982, com alta acumulada de 10,1% em 12 meses para o mês de julho. Tal leitura piorou o humor dos investidores, que passaram a elevar as apostas em um aumento mais agressivo na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) na decisão de 21 de setembro. Às 15h00min de hoje, o Fed divulgará a ata da última decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), o que pode ajudar a clarificar a estratégia almejada pela instituição para o processo de aperto monetário. Na agenda do dia, o Departamento do Censo americano informou as vendas do varejo estadunidense para o mês de julho, às 09h30min, a membra do Conselho de Governadores do Fed, Michelle Bowman, palestra às 10h30min e às 15h20min, e o Banco Central atualiza, com atraso, os dados de fluxo cambial para o país, às 14h30min.
Inflação de dois dígitos no Reino Unido O dólar negociado no mercado interbancário operava em firme tendência de alta em meio a mais um dia de pessimismo e busca por ativos de segurança. O ambiente de negócios se tornou avesso ao risco após a divulgação de que o CPI para o Reino Unido atingiu 10,1% em 12 meses no mês de julho, acima da mediana das estimativas de analistas, que apontava para uma alta acumulada de 9,8% no período. Esta é a maior inflação desde fevereiro de 1982, e deve pressionar o Banco da Inglaterra a manter uma estratégia de rígida contração monetária mesmo prevendo que uma recessão econômica vá ocorrer no país a partir do último trimestre deste ano.
Ata do FOMC A pressão inflacionária na Grã-bretanha repercutiu, também, nos Estados Unidos, visto que os investidores passaram a apostar em uma alta mais elevada na taxa de juros americana para a decisão de 21 de setembro – ontem, apenas 41,0% das apostas no mercado futuros de juros previam um reajuste de 0,75 p.p., enquanto, hoje, elas correspondiam a 58,5% das apostas. A publicação da ata da decisão de política monetária do FOMC, esta tarde, pode trazer mais informações sobre a possibilidade de o Fed realizar um terceiro reajuste consecutivo de 0,75 p.p. em setembro ou o que poderia motivar uma moderação do Comitê a limitar o reajuste em apenas 0,50 p.p.
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