Ambiente avesso ao riscos O dólar negociado no mercado interbancário terminou em valorização frente ao real pelo terceiro pregão consecutivo, acompanhando o cenário exterior de bastante cautela e busca por ativos de segurança. As operações do dia foram pautadas pela possível trajetória de política monetária do Federal Reserve quando, logo cedo, o Índice de Preços para o Consumidor (CPI) para o Reino Unido atingiu 10,1% em 12 meses no mês de julho, acima da mediana das estimativas de analistas, que apontava para uma alta acumulada de 9,8% no período. Esta é a maior inflação desde fevereiro de 1982, e deve pressionar o Banco da Inglaterra a manter uma estratégia de rígida contração monetária mesmo prevendo que uma recessão econômica vá ocorrer no país a partir do último trimestre deste ano. Da mesma forma, investidores passaram a apostar em uma alta mais elevada na taxa de juros americana para a decisão de 21 de setembro, conformando um ambiente de negócios avesso ao riscos.
Ata do FOMC e possível moderação pelo Fed Contudo, o cenário se tornou menos pessimista com a divulgação da ata da última decisão de política monetária do FOMC. Nela, embora o Fed tenha alertado para os riscos de a inflação superar as estimativas no futuro próximo e da necessidade de manter a taxa de juros em “nível suficientemente restritivo (...) por algum tempo” a fim de recuperar a estabilidade de preços, os agentes de mercado também viram sinais de que os membros do Comitê estão preocupados em provocar uma desaceleração econômica excessiva caso elevem os juros acima do estritamente necessário. O documento afirma que “muitos participantes [do FOMC] observaram que (...) havia também o risco de que o Comitê pudesse apertar a postura da política [monetária] mais do que o necessário para restaurar a estabilidade de preços”, de modo que “à medida que a postura da política monetária se torne ainda mais restritiva, provavelmente seria apropriado em algum momento desacelerar o ritmo de altas de juros”.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 106,6 pontos, ganho de 0,1% em relação ao fechamento de terça-feira. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e a rúpia indiana também se desvalorizaram perante a moeda americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,580 pontos, variação de -0,1% ante à véspera.
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