O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quinta-feira (18). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,13, recuo de 0,7% em relação ao término de quarta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,6 pontos, praticamente estável ante à véspera. O mercado de divisas opera com maior otimismo e apetite por riscos após a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) sugerir uma moderação do ritmo de altas na taxa de juros americana após o documento indicar uma preocupação de seus integrantes com um aperto monetário excessivo sobre a economia e apontar que eles debateram sobre essa redução no ritmo de altas em algum momento no futuro. Mais cedo, a eurostat informou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) para a área do euro se acelerou em 0,1% no mês de julho, conforme esperado por analistas, e acumulou alta de 8,9% no acumulado em 12 meses, recorde na série histórica iniciada em 1997. Na agenda do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA (DOL) atualizou os pedidos semanais de auxílio-desemprego no país, às 09h30min, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de eventos às 10h00min e às 16h00min, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, palestra às 10h30min, a presidenta do Fed de Kansas City, Esther George, discursa às 14h20min, e o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, discursa às 14h45min.
“Dovish” Fed O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre a estabilidade e a leve queda na manhã desta quinta-feira, em linha com o cenário internacional de alternância da divisa americana. O movimento é largamente uma extensão do alívio promovido pela ata da última decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed, que sinalizou a preocupação de seus integrantes em provocar uma desaceleração econômica excessiva caso elevem os juros acima do estritamente necessário, de modo que já foi tópico de debate, na reunião de junho, o momento mais propício para que o Federal Reserve comece a desacelerar o ritmo de alta de juros a fim de evitar uma desaceleração econômica excessiva.
Auxílio-desemprego nos EUA É digno de nota, também, que a solicitação semanal de auxílio-desemprego nos Estados Unidos se reduziu levemente, de 252 mil na semana com fim em 06 de agosto para 250 mil na semana com fim em 13 de agosto. Desta forma, a média móvel de 4 semanas se reduziu pela primeira vez desde o início de abril, passando de 249.250 para 246.750. Ainda assim, há uma tendência geral de crescimento no indicador, o que pode sugerir um enfraquecimento do mercado de trabalho americano. O combate à inflação pelo Fed deve provocar uma estagnação da atividade produtiva, que, por sua vez, pode se refletir em menor demanda por trabalho e maior nível de desemprego.
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