O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta segunda-feira (22). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,18, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 108,4 pontos, ganho de 0,2% em relação ao fechamento de sexta-feira. O mercado de divisas opera em ambiente de elevada aversão ao risco e, ao mesmo tempo, de reconfiguração de carteiras de investidores. A moeda americana se fortalecia significativamente nesta manhã frente ao euro, à libra esterlina e ao franco suíço, em meio a receios de que a crise energética na Europa vá lançar o continente para uma forte estagflação. O euro passou a valer menos que um dólar pela primeira vez desde 2002. Além disso, o anúncio de estímulos monetários pelo Banco Central da China gerou temores de que a conjuntura no país esteja se deteriorando e ampliou temores de uma recessão econômica global. Na agenda do dia, o Ministério da Economia atualiza os dados semanais da balança comercial brasileira, às 15h00min.
Riscos de estagflação na Europa O dólar negociado no mercado interbancário oscilava em território positivo na manhã desta segunda-feira, repercutindo um ambiente de pessimismo e busca por ativos de segurança pelos agentes. O euro rompeu brevemente a paridade com o dólar pela primeira vez desde 2002, após a Rússia anunciar, na noite de sexta-feira, que irá interromper o fornecimento de gás natural pelo gasoduto Nord Stream 1 por 3 dias em função de uma manutenção não programada pouco mais de um mês após outra parada de 10 dias para manutenção. Há temores de que a crise energética no continente vá provocar uma expressiva estagflação e, por isso, os investidores estão evitando ativos europeus. Conforme o Relatório Mensal de Petróleo de agosto: “os preços de energia elétrica ao longo de 2022 estão crescendo de forma exponencial, com diversos países da União Europeia superando as centenas de euros por megawatt hora, fato que nunca havia ocorrido anteriormente até este ano”.
Leia o Relatório Mensal de Petróleo aqui: https://stonex.digital/302d9c00-cc90-4e44-9a0b-9764846150ba
Desaceleração na China Contribui para o cenário de aversão aos riscos, também, a percepção de que a economia chinesa esteja passando por um enfraquecimento generalizado. Nesta segunda-feira, o banco central do país reduziu os juros do financiamento de um ano de 3,70% para 3,65% e os juros do financiamento de cinco anos de 4,45% para 4,30%. O PBoC parece tentar estimular uma recuperação da demanda dos consumidores sem correr o risco de sofrer uma aceleração de preços mais intensa, tal qual ocorre na maior parte dos países. Contudo, analistas se questionam se este estímulo será suficiente, visto que diversos indicadores apresentam significativa desaceleração, como demanda dos consumidores, crédito imobiliário, atividade produtiva e exportações.
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