A taxa de câmbio operava em leve alta na manhã desta quinta-feira (01). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,18, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de quarta-feira. Já o dollar index operava em firme alta de 0,6%, cotado a 109,3 pontos, buscando renovar novamente suas máximas em cerca de 20 anos. O mercado de divisas apresenta um sentimento de maior aversão ao risco, com os participantes do mercado buscando com maior intensidade pela segurança de investimentos na divisa americana, em meio aos sinais de uma postura mais contracionista na política monetária do Federal Reserve e dados pessimistas para a economia da zona do euro. Dados preliminares divulgados pela eurostat na véspera apontam para um avanço na inflação do bloco econômico em agosto de 8,9% para 9,1% no acumulado em 12 meses, enquanto o Índice Gerente de Compras (PMI) revelou nesta quinta-feira nova uma contração na atividade industrial na região. Os dados divulgados pela S&P Global mostraram um PMI da indústria em 49,6 pontos para a zona do euro, levemente abaixo das expectativas dos analistas (49,7) e ficando pelo segundo mês consecutivo abaixo do limiar de 50 pontos que separa uma condição de expansão e contração. No Brasil, os investidores reagem positivamente ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país no 2º trimestre, que mostrou um crescimento de 1,2% da economia brasileira entre os meses de abril e junho, superando a mediana das projeções do mercado, de 0,9%. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou o Produto Interno Bruto para o segundo trimestre de 2022, às 09h00min, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos atualiza os pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA, às 09h30min, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de eventos, às 10h00min e às 15h30min, a S&P Global divulga o PMI industrial brasileiro, às 10h00min, o Instituto ISM informa o PMI manufatureiro dos Estados Unidos, às 11h00min, o Ministério da Economia publica os dados da balança comercial de agosto, às 15h00min, e o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, discursa às 16h30min.
Crescimento do PIB brasileiro O IBGE divulgou nesta manhã o relatório de Sistema de Contas Nacionais Trimestrais referente ao 2º trimestre de 2022, em que apontou uma variação positiva de +1,2% para o PIB brasileiro, quarto resultado de crescimento consecutivo para a economia brasileira. Com o resultado, a atividade econômica no primeiro semestre do ano verifica um avanço de 2,5%, ficando 3,0% acima do patamar pré-pandemia. Contribuiu para o bom desempenho o crescimento de 1,3% dos serviços, que possui grande peso na economia (cerca de 70%), impulsionado pela recuperação dos serviços presenciais. Vale mencionar que indústria (2,2%) e agropecuária (0,5%) também tiveram resultado positivo. Sob a ótica da demanda, destacou-se o crescimento do consumo das famílias (2,6%), e dos investimentos (4,8%). Por outro lado, as exportações recuaram em 2,5% no trimestre, provavelmente puxada pela retração na produção da soja, que é a nossa maior lavoura.
Força do dólar No cenário internacional, o ambiente era, mais uma vez, de temores quanto a uma estagnação econômica global. O dollar index, que pondera o valor da divisa americana frente a seis outras moedas de economias avançadas, se aproximava de 109,3 pontos, enquanto o iene, a libra esterlina e o euro se mantinham próximos aos seus menores valores em décadas frente ao dólar. Contribui para este enfraquecimento das divisas europeias a divulgação de que o PMI industrial da área do euro passou de 49,8 pontos em julho para 49,6 pontos em agosto, o segundo mês consecutivo de contração. O desempenho produtivo ruim se segue à publicação de que a inflação permanece no maior nível da série histórica iniciada em 1997 (alta de 9,1% no acumulado em 12 meses) e em meio a expectativas de que o Banco Central Europeu possa promover um incomum reajuste de 0,75 p.p. na taxa de juros na próxima quinta (08).
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