Aperto monetário mais rígido nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário acompanhou o mau humor internacional e subiu nesta quinta-feira, encerrando o pregão cotado a R$ 5,239, próximo da máxima intradiária de R$5,2581. O ambiente de negócios se tornou avesso ao risco após dados econômicos desta manhã sugerirem que a economia americana permanece em expansão, o que, em teoria, exige aumentos de juros mais contundentes do Federal Reserve para conseguir conter a aceleração inflacionária no país. Por um lado, o número semanal de pedidos de auxílio-desemprego recuou pela terceira semana consecutiva, passando de 237 mil na semana anterior para 232 mil nesta semana, enquanto a mediana das estimativas dos analistas previa um aumento nas solicitações para 246 mil. Por outro, o Índice Gerente de Compras (PMI) do instituto ISM se manteve estável em 52,8 pontos em agosto, também desafiando as previsões de especialistas, que estimavam uma leitura mediana em 52,0 pontos. Especificamente, o subíndice de emprego mostrou forte recuperação no mês de agosto, insinuando que a atividade produtiva e o mercado de trabalho permanecem aquecidos.
Aperto monetário mais rígido na Europa O dollar index, que pondera o valor da divisa americana frente a seis outras moedas de economias avançadas, registrou máxima de 109,98 pontos na sessão de hoje, enquanto o iene, a libra esterlina e o euro se mantinham próximos aos seus menores valores em décadas frente ao dólar. Contribuiu para este enfraquecimento das divisas europeias a divulgação de que o PMI industrial da área do euro passou de 49,8 pontos em julho para 49,6 pontos em agosto, o segundo mês consecutivo de contração. O desempenho produtivo ruim se segue à publicação de ontem de que a inflação permanece no maior nível da série histórica iniciada em 1997 (alta de 9,1% no acumulado em 12 meses) e em meio a expectativas de que o Banco Central Europeu possa promover um incomum reajuste de 0,75 p.p. na taxa de juros na próxima quinta (08).
Crescimento do PIB brasileiro No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB aumentou 1,2% na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2022, o quarto trimestre de crescimento consecutivo para a economia brasileira. Com o resultado, a atividade econômica nos primeiros seis meses do ano avançou em 2,5%, ficando 3,0% acima do patamar pré-pandemia. Contribuiu para este bom desempenho o crescimento de 1,3% dos serviços, que possui grande peso na economia (cerca de 70%), impulsionado pela recuperação dos serviços presenciais. Vale mencionar, ainda que indústria (+2,2%) e agropecuária (+0,5%) também tiveram resultado positivo. Sob a ótica da demanda, destacou-se o crescimento do consumo das famílias (2,6%), e dos investimentos (4,8%). Por outro lado, as exportações recuaram em 2,5% no trimestre, provavelmente puxada pela retração na produção da soja, que é a nossa maior lavoura.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index apresentou firme tendência de alta e terminou o pregão cotado a 109,7 pontos, ganho de 0,9% em relação ao fechamento de quarta-feira e seu maior valor de término desde junho de 2002. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso colombiano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram frente à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,966 pontos, variação de -0,4% ante à véspera.
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