A taxa de câmbio apresentava discreta tendência de baixa nas primeiras operações desta segunda-feira (05). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,17, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado a 109,9 pontos, variação de +0,4% ante à véspera. O pregão de hoje deve ter volume menor que o habitual, por conta de feriado nos Estados Unidos. A semana começou com os mercados europeus em queda, após a Rússia informar que só vai retomar o fornecimento de gás natural após as sanções dos países ocidentais serem revogadas. Tal fato deve agravar a crise energética na Europa e aumenta as possibilidades de uma estagflação ocorrer, o que deve pesar sobre a decisão de política monetária do Banco Central Europeu desta quinta (08). Na agenda do dia, o Banco Central publicou o boletim Focus da semana, às 08h30min, e a S&P Global informa o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços do Brasil, às 10h00min.
Moedas europeias em queda O dólar negociado no mercado interbancário se mantinha em leve baixa na manhã desta segunda-feira, em um dia de pessimismo nos mercados estrangeiros e menor volume de operações por conta de feriado nos Estados Unidos. O euro atingiu nova mínima em duas décadas durante a sessão após a Rússia anunciar que interromperá o fornecimento de gás natural pelo maior gasoduto que conecta o país à Europa, o Nord Stream 1, enquanto as sanções sobre o país vigorarem. Moscou argumenta que essas sanções, impostas após sua invasão à Ucrânia, impedem a manutenção correta das turbinas do gasoduto, argumento refutado pelas autoridades europeias como embuste.
Consequências econômicas da falta do gás As consequências econômicas dessa interrupção são potencialmente catastróficas, e as autoridades do continente correm para mitigar os riscos. O insumo é muito utilizado como fonte energética tanto para a geração de energia elétrica como na produção de diversas cadeias industriais. Por isso, a prioridade é a gestão dos estoques, principalmente durante o inverno, para que não falte a matéria prima. Assim, busca-se promover a substituição do gás natural por outras fontes quando possível para ajudar na conservação dos estoques. Quando o uso do gás é insubstituível, os seus preços estão crescendo exponencialmente, gerando uma escalada de custos sobre as empresas que precisam repassá-los ao consumidor para se manterem lucrativas. Desta forma, há tanto uma forte pressão inflacionária quanto uma brusca redução da demanda, visto que os consumidores tentam economizar e consumir o mínimo possível dessas mercadorias. Nesses casos, os governos buscam implantar subsídios, financiamentos e outras ajudas para essas empresas, de forma a suavizar os impactos sobre os preços e o consumo.
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