Fechamento de Câmbio

Câmbio fecha a terça em forte alta, cotado a R$ 5,24
 
Leonel Oliveira Mattos
Leonardo Rossetti
Vitor Andrioli
Cenário externo pessimista e falas de autoridades do BC pesaram sobre o real
O par real dólar disparou na sessão desta terça-feira (06), encerrando a sessão negociado a R$ 5,240, variação de +1,7% ante à véspera. O dollar index também apresentou firme tendência de alta e terminou o pregão cotado a 110,3 pontos, ganho de 0,7% me relação ao fechamento de segunda-feira e renovando uma máxima de mais de duas décadas. O mercado de divisas repercutiu um ambiente de pessimismo e busca por segurança, com fortalecimento da divisa americana no exterior e desvalorização de ativos arriscados, como índices acionários, commodities e moedas de economias emergentes. A perspectiva de uma desaceleração econômica global, de juros mais elevados pelos principais bancos centrais e de taxas de inflação em patamar persistentemente elevado tem pesado sobre o apetite por riscos dos agentes. No cenário doméstico, comentários do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do diretor de política monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, defendendo uma postura firme contra a inflação e, indiretamente, sugerindo que a autarquia não deve cortar a taxa básica de juros (Selic) em 2023 contribuíram para uma correção na carteira dos agentes, prejudicando a renda variável, como o Ibovespa, em beneficiando a renda fixa, como títulos da dívida pública.
Variações | No dia: +1,67% | Na semana: +1,02% | No mês: +0,75% | No ano: -5,99% | Em 12 meses: -0,87% |

Serviços em expansão nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário manteve firme tendência de elevação desde a abertura da sessão de hoje, repercutindo o cenário global pessimista e avesso ao risco. A moeda americana marcou novo recorde após o Índice Gerente de Compras (PMI) para o setor de serviços passar de 56,7 pontos em julho para 56,9 pontos em agosto, divulgado pelo instituto ISM, sugerindo que a economia do país se mantém em expansão. O indicador surpreendeu analistas, cuja previsão mediana apontava para uma queda em 54,9 pontos. Tal leitura sugere que o Federal Reserve possa ter uma dificuldade maior que a antecipada para conter a aceleração de preços no país e que, por sua vez, precise aumentar as taxas de juros de forma mais agressiva a fim de conter a inflação.

Comentários firmes de autoridades do BC O desempenho da bolsa de valores brasileira foi prejudicado, também, por falas mais duras de autoridades do Banco Central do Brasil a respeito da trajetória da política monetária. Tanto o diretor de política monetária da instituição, Bruno Serra Fernandes, como o seu presidente, Roberto Campos Neto, buscaram afastar a noção de que o processo de aperto monetário esteja próximo de seu fim e que um corte de juros possa vir em breve. Pelo contrário, ambos buscaram frisar que o processo só deve se encerrar quando houver uma convergência da inflação para o redor da meta da instituição, algo que se prevê que ocorra somente a partir de 2024. Estes comentários diminuíram a atratividade da renda variável brasileira, especialmente das ações negociadas em bolsa, e contribuiu no enfraquecimento do real no pregão de hoje.

Histórico da Taxa Selic (verde) e estimativa mediana (dourado) de acordo com o boletim Focus mais recente
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Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração: StoneX.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index também apresentou firme tendência de alta e terminou o pregão cotado a 110,3 pontos, ganho de 0,7% em relação ao fechamento de segunda-feira e renovando uma máxima de mais de duas décadas. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram frente à divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,806 pontos, variação de -0,5% ante à véspera.

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