Abertura de Câmbio

O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta terça-feira (13). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,08, variação de -0,4% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 107,8 pontos, recuo de 0,5% em relação ao encerramento de segunda-feira. O mercado de divisas reflete um ambiente de negócios mais propenso ao risco enquanto aguarda pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto para os Estados Unidos, às 09h30min. Vivendo uma das maiores acelerações inflacionárias em décadas, o dado pode influenciar a decisão de política monetária do Federal Reserve da próxima quarta-feira (21). No Brasil, analistas repercutem a divulgação de que o setor de serviços cresceu acima do esperado para o mês de julho, em 1,1%, seu terceiro mês seguido de variação positiva. O setor tem se destacado significativamente na atividade econômica do país neste ano, e se encontra apenas 1,8% abaixo do seu ponto mais alto da série histórica, atingido em novembro de 2014.

CPI supera as expectativas nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário reverteu seu movimento inicial e firmou forte tendência de alta após a publicação do CPI de agosto acima das expectativas para os Estados Unidos. O dollar index, que pondera o valor da divisa americana frente a uma cesta de moedas avançadas, disparou de107,8 pontos para 109,6 pontos, aproximadamente, enquanto o par real/dólar saltou de cerca de R$ 5,08 para acima de R$ 5,18. O CPI se acelerou em 0,1% em agosto, ante projeção mediana de -0,1%, acumulando alta de 8,3% em 12 meses, ao passo que o núcleo do indicador cresceu 0,6%, o dobro da estimativa mediana, acumulando aumento de 6,3% ante o mesmo período do ano passado. As acelerações de preços se mostraram disseminadas, com exceção de preços de energia, que recuaram em 5% no mês. A leitura ruim da inflação de agosto praticamente consolida as expectativas de mercado para um forte reajuste de juros pelo Federal Reserve na decisão da próxima quarta-feira: o mercado futuro de juros hoje projeta 0% de probabilidade para um aumento de 0,50 p.p., contra 82% de probabilidade para 0,75 p.p. e 18% para um raríssimo 1,0 p.p.

Serviços no Brasil Vale destacar, também, que o volume de serviços prestado no Brasil cresceu 1,1% na passagem de junho para julho, seu terceiro mês de crescimento consecutivo. Com esse resultado, o setor acumula alta de 9,6% nos últimos 12 meses, encontra-se 8,9% acima do patamar pré-pandemia e apenas 1,8% abaixo do seu maior valor na série histórica, em novembro de 2014. Contribuiu para este bom desempenho a expansão do setor de transportes (+2,3%), com destaque para a gestão de portos e terminais, muito relacionado ao escoamento de safra agrícola. Além disso, informação e comunicação (+1,1%) e serviços prestados à família (+0,6%) também apresentaram aumento no mês.

Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.