A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta quarta-feira (14). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,17, recuo de 0,4% em relação ao encerramento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 109,5 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas ainda reverbera o aumento inesperado da inflação ao consumidor no mês de agosto nos Estados Unidos, divulgado ontem, fato que provocou fortes oscilações nos mercados financeiros mundiais. A aceleração de preços mais elevada, persistente e disseminada que o antecipado consolidou as expectativas de que o Federal Reserve necessitará atuar de forma agressiva para conter a inflação no país. Por outro lado, nesta manhã, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) americano de agosto não produziu surpresas, com uma queda de 0,1% no indicador total e alta de 0,2% em seu núcleo. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou as vendas do varejo de julho, às 09h00min, e o Banco Central atualiza o fluxo cambial da semana anterior, às 14h30min.
Preços ao consumidor nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário alternava altos e baixos na manhã desta quarta-feira, buscando novo patamar de acomodação após uma sessão de forte volatilidade na terça-feira. Um aumento inesperado da inflação ao consumidor nos Estados Unidos reforçou uma percepção de que o Federal Reserve (Fed) estaria “atrasado” no combate à inflação e que, portanto, precisaria ser mais agressivo deste ponto em diante. Hoje, 30% das apostas no mercado futuro de juros para a decisão do Fed da próxima quarta (21) foram para um raríssimo 1,0 p.p. (o último reajuste de 100 pontos base do banco central americano foi em 1981). E uma política monetária mais agressiva deve trazer consequências negativas tanto para a atividade produtiva estadunidense, seu mercado de trabalho e a demanda dos consumidores americanos, afastando as possibilidades do chamado “pouso suave” da inflação.
Preços ao produtor nos EUA Nesta manhã, o Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) informou que o PPI de agosto recuou 0,1% no mês de agosto, em linha com as estimativas de analistas, puxado pela queda nos custos de combustíveis no período. Já o “núcleo” do indicador, que exclui itens de alimentação, bebidas e energia, avançou 0,2%. Assim, o acumulado em 12 meses para o indicador geral e núcleo passam a ser, respectivamente, 8,7% e 8,1%. Em que pese a discreta moderação dos preços de atacado, os custos aos produtores continuam significativamente elevados, o que pode resultar em necessidades de repasses aos preços dos consumidores e, portanto, resistência à queda da inflação.
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