Expectativas de juros maiores provocam pessimismo O dólar negociado no mercado interbancário apresentou tendência de alta durante toda a sessão desta quinta, em mais um dia de pessimismo e pouco apetite por riscos globais. Depois de um amplo reposicionamento de carteiras na última terça, quando a inflação ao consumidor subiu inesperadamente nos Estados Unidos, a divulgação de dados econômicos melhores que o estimado nesta manhã – tanto os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram abaixo das projeções quanto as vendas do varejo em agosto cresceram mais que o antecipado – aprofundou o movimento de busca por ativos de segurança pelos investidores. Com uma economia ainda em expansão, consolidaram-se as interpretações de que o Federal Reserve precisará atuar de forma mais agressiva para conseguir conter a inflação americana, sob o risco de vivenciar um longo período de preços altos e disseminados. Juros maiores, por sua vez, podem provocar estagnação econômica e impactos sociais mais deletérios. Se na segunda-feira, antes desses dados, o mercado futuro de juros apostava majoritariamente que os juros referenciais nos EUA terminariam o ano na faixa entre 3,75% e 4,00% a.a., hoje a aposta majoritária é de que os juros estejam na faixa entre 4,25% e 4,50% em dezembro.
Atividade econômica no Brasil O ambiente de cautela e aversão aos riscos pesou sobre o desempenho do real, em que pese notícias positivas no cenário doméstico. Após a alta do PIB do segundo trimestre vir acima das projeções de economistas, o IBC-Br de julho também superou as estimativas, subindo 1,17% ante uma mediana de crescimento de 0,30%. Na sequência, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia elevou sua previsão para o PIB de 2022, de 2,0% para 2,7%. A atividade econômica tem surpreendido analistas, com evidências de que as medidas de estímulos adotadas pelo governo federal impulsionando o setor de serviços no país.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 109,7 pontos, praticamente estável ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e a rúpia indiana também se desvalorizaram, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,568 pontos, queda de 0,5% frente ao término de quarta-feira.
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