O par real/dólar apresentava tendência de alta nas primeiras operações desta segunda-feira (19). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,29, ganho de 0,6% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 109,9 pontos, variação de +0,2% ante à véspera. O mercado de divisas mantém uma postura cautelosa em uma semana repleta de decisões de política monetária de diversos bancos centrais relevantes, como o Federal Reserve (Fed), o Banco do Japão, o Banco da Inglaterra e o Banco Nacional da Suíça. Há grande expectativa de que o Fed realize um reajuste agressivo de juros, de 0,75 p.p. ou de 1,00 p.p., e que as demais autoridades monetárias acompanhem a alta em alguma medida, sob o risco de permitirem uma desvalorização ainda mais acentuada de suas moedas. Na agenda do dia, a Fundação Getúlio Vargas publica o Monitor do PIB de julho, às 10h15min, e o Ministério da Economia atualiza a balança comercial da segunda semana de setembro, às 15h00min.
Força do dólar O dólar negociado no mercado interbancário operava em elevação na manhã desta segunda-feira, acompanhando o cenário internacional de fortalecimento da divisa americana perante as demais moedas. O dollar index, que pondera o valor da moeda americana contra outras seis divisas de economias avançadas, permanece próximo do seu maior patamar em vinte anos, refletindo as expectativas de investidores de que o Fed manterá um ritmo de aperto monetário mais agressivo que seus pares. As apostos majoritárias no mercado futuro de juros mostram que os operadores esperam que os juros americanos terminem o ano na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, ou seja, que o banco central estadunidense ainda aumente 2,0 p.p. em três decisões.
Desalinhamento entre os bancos centrais Contribui para este fortalecimento expressivo do dólar uma interpretação de desalinhamento da conjuntura econômica global, ou seja, que a economia americana se encontra em um momento distinto dos seus principais parceiros. Nos Estados Unidos, os últimos indicadores sugerem que uma expansão econômica moderada, com um mercado de trabalho ainda em aquecimento e uma alta disseminada da inflação. Na Europa tanto a atividade produtiva se encontra à beira de uma estagnação como a aceleração de preços se mantém em um ritmo mais rápido que os EUA, em função de uma grave crise energética. Na China, o banco central do país busca estimular a produção, a demanda e as exportações, visto que o Produto Interno Bruto está em queda e a inflação ao consumidor se mantém moderada. E, no Japão, o Banco do Japão está comprometido em uma política monetária expansionista, dado que os índices de preços ao consumidor continuam próximos da meta de 2% ao ano.
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