Fechamento de Câmbio

Após atingir um pico de R$ 5,302 pela manhã, a taxa de câmbio caiu mais de 15 centavos ao longo desta segunda (19), encerrando a sessão negociada a R$ 5,167, queda de 1,8% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 109,6 pontos, variação de -0,1% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu positivamente a realização de um encontro de ex-presidenciáveis em apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, dentre eles o ex-CEO do BankBoston, ex-presidente do Banco Central, ex-ministro da Fazenda e ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo Henrique Meirelles. A aproximação de Meirelles foi bem recebida entre investidores, que passaram a enxergar um nome forte para um possível governo Lula. Contribuiu para o fortalecimento do real, também, o anúncio pela Petrobras de redução do R$ 0,30 (-5,7%) no preço do litro do diesel em suas refinarias. A queda no custo do diesel pode contribuir na moderação dos índices inflacionários nos próximos meses.

Meirelles apoia Lula O dólar negociado no mercado interbancário recuou contra o real nesta segunda-feira, em um pregão dominado por fatores domésticos. Em uma semana repleta de decisões de política monetária, incluindo do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, o noticiário político motivou a maior parte da queda após o comitê de campanha de Lula realizar um encontro com oito políticos que já foram candidatos à presidência da república, dentre os quais Henrique Meirelles (União Brasil). Meirelles é um executivo da área financeira que já foi CEO de banco internacional (BankBoston), presidente de Banco Central nos dois mandatos de Lula (PT), ministro da Fazenda (governo Temer, MDB) e secretário estadual da Fazenda de São Paulo (governo Doria/Garcia, PSDB). O mero aceno de Meirelles a Lula foi recebido pelos investidores como uma disposição do ex-presidente à moderação e, de certa forma, a um projeto econômico mais liberal.

Redução no preço do diesel Contribuiu para o fortalecimento do real, também, o anúncio pela Petrobras de uma redução de R$ 0,30 (-5,7%) no preço médio do litro do diesel A vendido em suas refinarias, passando de R$ 5,19 para R$ 4,89. Trata-se da terceira queda no preço do diesel na gestão de Caio Paes de Andrade, iniciada no fim de junho. Os novos preços valem a partir da terça-feira, 20, e devem provocar novas quedas nas bombas nas próximas semanas. Embora o combustível tenha peso discreto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), por ser um componente fundamental no custo do frete – tanto de caminhões, como de navios e de trens –, espera-se que a sua queda contribua na moderação da inflação ao longo dos próximos meses.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 109,6 pontos, variação de -0,1% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo se desvalorizaram perante a moeda americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,743 pontos, avanço de 0,2% frente ao término de sexta-feira.