Abertura de Câmbio

A taxa de câmbio apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta terça-feira (20). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,21, variação de +0,8% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 110,0 pontos, ganho de 0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. O mercado de divisas doméstico deve realizar um movimento de correção após uma queda abrupta da cotação no pregão de ontem, quando o candidato Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o apoio do ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. A mais recente pesquisa de intenção de votos do Ipec, divulgada ontem, mostra o petista com 52% dos votos válidos, o que seria suficiente para uma vitória em primeiro turno. No cenário internacional, o banco central da Suécia surpreendeu analistas e elevou sua taxa de juros em 1,00 ponto percentual, dando início a uma sequência de decisões de política monetária que incluem o Federal Reserve, o Banco da Inglaterra, o Banco Nacional da Suíça, o Banco do Japão e o Banco Central do Brasil. Na agenda do dia, o Escritório Federal de Estatística alemão divulgou o Índice de Preços ao Produtor (PPI) de agosto, às 03h00min, o Departamento do Censo americano informou a construção de novas residências de agosto, às 09h30min, a presidenta do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, profere discurso às 14h00min, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento, às 17h30min.

Aceno de Meirelles O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta terça-feira, acompanhando um ambiente de cautela moderada no exterior e efetuando uma correção comum de se observar após pregões de grandes oscilações, tal como ontem, quando investidores receberam positivamente um encontro promovido pelo candidato Lula com oito políticos que já foram candidatos à presidência da república. Dentre eles estava Henrique Meirelles (União Brasil), um executivo da área financeira que já foi CEO de banco internacional (BankBoston), presidente de Banco Central nos dois mandatos anteriores de Lula (PT), ministro da Fazenda (governo Temer, MDB) e secretário estadual da Fazenda de São Paulo (governo Doria/Garcia, PSDB). Meirelles afirmou não ter sido convidado para voltar a um eventual governo em caso de vitória do petista, mas deixou a porta aberta ao frisar suas excelentes relações com o ex-presidente. O mero aceno de Meirelles foi percebido como uma disposição de Lula à moderação e, de certa forma, a um projeto econômico mais liberal.

Suécia aumenta seus juros No ambiente externo, a moeda americana continuava próxima ao seu patamar mais alto em duas décadas enquanto investidores se mantinham em compasso de espera pela decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), do Federal Reserve, de amanhã. O banco central da Suécia deu o tom para uma semana repleta de decisões de juros por outros bancos centrais de economias avançadas subir seus juros em 1,0 ponto percentual, ante expectativa mediana de +0,75 p.p. O Sveriges Riksbank alertou, ainda, que fará novos reajustes nos próximos seis meses a fim de conter a maior inflação em 30 anos no país, atualmente em 9,0% no acumulado em 12 meses. Além do Fed, analistas aguardam pelas decisões do Banco da Inglaterra, Banco do Japão, Banco Nacional da Suíça, Banco da Noruega, dentre outros nesta semana.

Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.