Aumento dos juros nos EUA Após alternar perdas e ganhos, o dólar negociado no mercado interbancário firmou tendência de alta nos minutos finais do pregão e encerrou o dia em discreta elevação, cotado a R$ 5,174. O mercado de divisas reagiu com ampla volatilidade após a decisão de política monetária do Federal Reserve, quando o FOMC subiu a taxa de juros americana em 0,75 p.p., elevando-a para a faixa entre 3,00% e 3,25% a.a., e sinalizou que prevê novos aumentos a frente com uma projeção mediana de 4,40% a.a. ao final de 2022 e de 4,60% ao final de 2023. Isto implica em um incremento de 1,25 p.p. nas próximas duas decisões.
Compromisso com a estabilidade de preços Em coletiva de imprensa após a decisão, o presidente da instituição, Jerome Powell, reiterou que o banco central estadunidense está “fortemente comprometido” em retornar a inflação do país de volta à meta de 2% ao ano e que fará o que for preciso para atingir esse objetivo. Quanto à trajetória da política monetária, embora não tenha se comprometido com nenhuma sequência em específico, Powell afirmou que o Comitê “[quer] ser agressivo [com os juros] agora e continuar assim até a inflação baixar”, e que “a trajetória que vamos executar será o suficiente para recuperar a estabilidade de preços”.
Dores de se reduzir a inflação Seguramente, os reajustes de juros devem diminuir o crescimento econômico e aumentar o desemprego nos EUA. Pelas projeções divulgadas, os membros do FOMC esperam, em sua mediana, que o Produto Interno Bruto cresça 0,2% em 2022 e 1,2% em 2023 e que a taxa de desemprego suba para 3,8% e 4,4% nesses anos, respectivamente. Esse cenário é mais positivo que a maior parte das análises de economistas, que preveem um impacto mais penoso para a economia do país. Ainda assim, o presidente do Fed reconheceu que “gostaria que houvesse um jeito indolor de reduzir a inflação, e ainda não desistimos de que há um caminho de vermos apenas uma alta modesta da taxa de desemprego, mas isso [reduzir a inflação] é algo que precisamos fazer.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index subiu até 111,6 pontos, a máxima desde maio de 2002, mas recuou até terminar o pregão cotado a 111,3 pontos, variação de +1,0% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo não apresentaram direção definida, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 49,363 pontos, recuo de 0,3% frente ao término de terça-feira.
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