O par real/dólar apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta segunda-feira (10). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$5,19, queda de 0,5% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 113,1 pontos, variação de +0,3% ante à véspera. A segunda-feira deve apresentar menor liquidez que o habitual em função de feriado nos Estados Unidos, em que pese as bolsas de valores do país estarem abertas para negócios. O dia contém poucos indicadores na agenda, e o mercado de divisas deve dar continuidade à tendência recente de cautela elevada em função de receios quanto à trajetória da taxa de juros nas principais economias e à possibilidade de uma recessão econômica global. Nesta semana, aguardam-se pelas publicações dos Índices de Preços aos Consumidor (CPI) e ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos, dados importantes para balizar as ações do Federal Reserve (Fed). Na agenda do dia, o Banco Central publicou o boletim Focus da semana às 08h30min, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, discursa às 10h00min, a vice-presidenta do Fed, Lael Brainard, palestra às 14h35min, e o Ministério da Economia atualiza os dados semanais da balança comercial, às 15h00min.
Fortalecimento do dólar O dólar negociado no mercado interbancário oscilava em território negativo na manhã desta segunda-feira, em movimento contrário ao cenário internacional, onde a divisa americana se fortalecia perante as demais moedas de economias avançadas. O ambiente externo era de cautela mais elevada, enquanto os investidores aguardam pela divulgação de dados importantes de preços aos consumidores e aos produtores nos Estados Unidos nesta semana. A maior parte dos analistas antecipa que a dinâmica inflacionária ser manterá em aceleração no mês de setembro, o que deve pressionar o Federal Reserve a manter uma estratégia agressiva em seu aperto monetário a fim de recuperar a estabilidade de preços, ainda que isto possa provocar uma desaceleração econômica mais intensa ou um arrefecimento do mercado de trabalho. Por outro lado, a expectativa de juros maiores nos EUA contribui para manter o dólar em valorização mesmo diante de um ganho anual de quase 18%.
Enfraquecimento da libra Na Inglaterra, a libra esterlina se enfraquecia frente ao dólar pela quarta sessão consecutiva não obstante a intervenção do Banco da Inglaterra (BoE) para ampliar o apoio ao seu mercado financeiro. Diante de anseios quanto ao encerramento nesta semana de um programa de recompra de títulos de dívida governamental, o BoE dobrou o volume máximo de recompra permitido, a fim de reassegurar investidores que o fim do programa será tranquilo, e lançou um mecanismo de acordos de recompra temporário para reduzir as turbulências de mercado. Ainda assim, a baixa confiança na estabilidade fiscal do novo governo de Liz Truss e a expectativa de elevadas taxas de juros pelo Federal Reserve pressionam pela desvalorização da moeda britânica.
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