A taxa de câmbio apresentava discreta tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (14). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$5,28, variação de +0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 113,1 pontos, avanço de 0,7% em relação ao fechamento de quinta-feira. O mercado de divisas operava em um ambiente tensionado no começo das negociações, marcado por rumores de que a primeira-ministra do Reino Unido, irá demitir seu ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng e abandonar seu controverso pacote de estímulos fiscais apresentado em 23 de setembro. Está marcada uma coletiva de imprensa para as 10h00min. É digno de nota, também, o fortalecimento da moeda americana no exterior, impulsionado pelas expectativas por juros mais elevados nos Estados Unidos após a leitura mais alta que a esperada para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de setembro no país. Na agenda do dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Mensal de Serviços de agosto, às 09h00min, o Departamento do Censo americano informou as vendas do varejo do país em setembro, às 09h30min, o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos informou os preços de produtos importados e exportados pelo país em setembro, às 09h30min, a Universidade de Michigan divulga a sondagem dos consumidores de outubro, às 11h00min, o membro do Conselho de Governadores do Federal Reserve, Christopher Waller, palestra às 13h15min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min.
Reversão no Reino Unido Após abrir em alta, o dólar negociado no mercado interbancário firmou movimento de queda na manhã desta sexta-feira em meio a um pregão tumultuado pela notícia da demissão do ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, pela primeira-ministra do país. Os mercados financeiros do país sofreram intensa volatilidade após a proposta de um plano de estímulos fiscais no dia 23 de setembro, com a libra atingindo seu menor valor histórico frente ao dólar (US$ 1,0327) e os juros da dívida governamental atingindo as maiores taxas em décadas. Embora a reversão corroa a credibilidade do governo de Liz Truss, ela impulsionou o apetite por riscos dos investidores, que se sentiram aliviados pela projeção de menor endividamento fiscal na Grã-Bretanha.
Mais juros nos EUA Ao mesmo tempo, o dollar index, que pondera a cotação da divisa americana frente a seis moedas de economias avançadas, também se valorizava nesta manhã, refletindo uma expectativa de analistas por juros mais elevados nos Estados Unidos após a divulgação de que os preços aos consumidores no país permanecem em aceleração, em elevado patamar e amplamente disseminados. É digno de nota o enfraquecimento do iene japonês, que ameaçava atingir o valor de US$1 = ¥ 148 pela primeira vez em 32 anos dada a resistência do Banco do Japão em reajustar sua taxa de juros apesar do aperto monetário das outras nações desenvolvidas. Por aspectos próprios, a economia japonesa não passa por pressão inflacionária, e o banco central do país mantém os juros em -0,10% ao ano desde fevereiro de 2016.
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