A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta terça-feira (18). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$5,26, variação de -0,8% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 112,1 pontos, ganho de 0,1% em relação ao fechamento de segunda-feira. O mercado de divisas repercute um ambiente externo mais favorável a ativos arriscados depois da reviravolta na política fiscal do Reino Unido, que praticamente abandonou o projeto de incentivar o crescimento econômico através de isenções fiscais e subsídios após reação tumultuada nos mercados financeiros. No Brasil, a cena eleitoral continua em foco após a pesquisa de intenção de voto Ipec mostrar Luiz Inácio Lula da Silva a sete pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro. Na agenda do dia, o Federal Reserve (Fed) informa a produção industrial de setembro para os Estados Unidos, às 10h15min, a conselheira do Banco Central Europeu, Isabel Schnabel, discursa às 13h00min, e o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, palestra às 18h30min.
Apetite por riscos elevado O dólar negociado no mercado interbancário apresentava tendência de queda na manhã desta terça-feira, refletindo um humor internacional mais propenso ao risco impulsionado por algumas divulgações de resultados acima do antecipado nas bolsas de valores dos Estados Unidos e pela brusca reversão na política fiscal do Reino Unido, após o novo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, afirmar que “serão revertidas quase todas as medidas tributárias anunciadas no Plano de Crescimento há três semanas”. As medidas, apresentadas pelo seu antecessor, Kwasi Kwarteng, eram baseadas promessas feitas por Truss para se eleger à liderança do partido conservador e causaram tumulto nos mercados financeiros do país. Adicionalmente, uma proposta de subsidiar as contas de energia elétrica para consumidores e empresas pelos próximos dois anos será encurtada para seis meses (abril).
Mais apoio do Banco da Inglaterra? Contribui para o elevado apetite por riscos, também, reportagem do Financial Times afirmando que o Banco da Inglaterra (BoE) deve atrasar o início de suas vendas de títulos de dívida governamental como parte de sua estratégia de aperto monetário a fim de auxiliar na estabilização dos mercados após os solavancos das últimas semanas. Tal auxílio seria apenas temporário, e a trajetória global da atuação do BoE não seria alterada. Entretanto, ao ser procurado para comentários, o banco central inglês afirmou que a reportagem está “imprecisa”, sem oferecer maiores detalhes.
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