O par real/dólar apresentava suave tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (25). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,32, ganho de 0,2% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 106,1 pontos, praticamente estável ante à véspera. Em novo dia de baixa liquidez, por conta do feriado prolongado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o mercado de divisas deve repercutir a indefinição da trajetória fiscal do próximo governo de Luis Inácio Lula da Silva face à crescente dificuldade de se construir um consenso no Congresso Nacional para o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autoriza gastos além do teto de gastos. Adicionalmente, os investidores prestam atenção ao evento realizado pela Febraban, às 12h00min, que reunirá dirigentes dos principais bancos do país, contará com a participação de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e cotado para o Ministério da Fazenda, e que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto discursará. Na agenda do dia, o Banco Central publicou as estatísticas do setor externo de outubro, às 09h30min, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, palestra às 14h00min, e a Secretaria do Tesouro Nacional informa o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal de outubro, às 14h30min.
Dificuldades na articulação da PEC. O dólar negociado no mercado interbancário operava em suave alta na manhã desta sexta-feira, repercutindo mais um dia de baixa liquidez internacional – as operações nos EUA ocorrem somente até às 13h (horário local) por conta da emenda de feriado de Ação de Graças – e a perpetuação das incertezas fiscais no Brasil. O governo eleito tem tido dificuldades nas negociações junto aos congressistas, relacionadas, principalmente, ao montante e o valor das despesas previstas além do teto de gastos e o prazo de duração da PEC. Lula e a equipe de transição se reunirão nesta sexta para tentar avançar nos acordos com líderes do Congresso. Lideranças do partido já sinalizam que estão dispostos a ceder em pontos importantes do texto para conseguir aprová-lo ainda este ano, como diminuir o período em que o programa Bolsa Família ficaria excluído do teto de gastos de quatro para dois anos. Assim, os investidores acompanham as negociações operando com cautela, porém esperançosos de que o texto final represente um impacto menor para as contas públicas que o inicialmente estimado.
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