A taxa de câmbio apresentava tendência de baixa nas primeiras operações desta terça-feira (06). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,25, recuo de 0,6% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,0 pontos, variação de -0,3% ante à véspera. O mercado de divisas deve repercutir a expectativa de avanço legislativo da Proposta à Emenda à Constituição da Transição (PEC 32/2022), que foi pautada para ser apreciada hoje na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Embora muito tenha sido especulado nos últimos dias sobre um possível enxugamento do texto da PEC, investidores aguardam pela análise da Comissão para verificar quais serão os recuos efetivamente realizados. No exterior, a moeda americana tornou a se valorizar após dados econômicos positivos recentes sugerirem que a economia do país está mais robusta que o estimado. Na agenda do dia, o Departamento de Análises Econômicas dos Estados Unidos informa a balança comercial de outubro, às 10h30min, e o Banco Central divulga o Relatório de Poupança de novembro, às 15h00min.
Votação da PEC na CCJ O dólar negociado no mercado interbancário operava em tendência de baixa na manhã desta terça-feira, refletindo certo otimismo dos investidores nacionais com as possibilidades de aprovação da PEC da Transição no Congresso Nacional ainda em 2022. Ontem, o presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pautou para a manhã de hoje a discussão do texto da PEC na Comissão, sob a relatoria do senador Alexandre Silveira (PSD-MG). Silveira deve apresentar um novo texto para a discussão, que, segundo reportagens de imprensa, autoriza R$ 150 bilhões anuais em gastos acima do limite constitucional de despesas por um período de dois anos. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já agendou para amanhã a votação em Plenário do texto, caso este seja aprovado pela CCJ.
Estagnação ou Expansão? No exterior, os investidores oscilam entre suas apostas para a trajetória da política monetária para os Estados Unidos após dados econômicos recentes revelarem uma economia mais resiliente que o antecipado. A geração de empregos, as encomendas industriais e o Índice Gerente de Compras (PMI) para o setor de serviços, todos referente a novembro, superaram as estimativas de analistas e sinalizaram um nível de atividade mais robusto, particularmente no que se refere ao mercado de trabalho e ao setor de serviços. Estas boas notícias podem implicar, por sua vez, que a aceleração de preços continue elevada e persistente, o que pode exigir uma atuação mais contundente por parte do Federal Reserve a fim de reduzir a inflação. Juros mais elevados, por sua vez, elevam a probabilidade de uma recessão e contribuem com o fortalecimento do dólar.
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