próximo de R$ 5,27
O par real/dólar operava em alta de cerca de 1,3% nos primeiros negócios desta terça-feira (27), avançando para a faixa dos R$ 5,27. Ainda que o humor seja positivo nos mercados globais, com a melhora no apetite dos investidores após a sinalização de maior reabertura da economia chinesa, o mercado doméstico de câmbio continuava a apresentar baixo volume e tendência de fluxo financeiro negativo, usuais nesse período de fim de ano.
Após relutância inicial durante negociações com Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) sinalizou que deve aceitar o convite para assumir a pasta do Planejamento, um dos ministérios que serão recriados pelo presidente eleito. A recusa inicial em assumir os cargos de ministra do Meio Ambiente e do Planejamento se deu por Tebet pleitear uma posição mais estratégica em Brasília, com maior poder de decisão, além de haver receio de tensão entre a senadora e Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda, por possuírem visões divergentes acerca da política econômica.
O cargo inicialmente foi oferecido para o economista André Lara Resende, que declinou por não ter interesse em fazer parte do próximo governo. Para aceitar a posição, Tebet estudou a possibilidade de colocar os bancos públicos sob sua alçada no Planejamento, mas o MDB considerou que coordenar o orçamento já era suficiente. Vale ressaltar que, a princípio, os nomes escolhidos para o primeiro escalão do governo de Lula eram majoritariamente ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao grupo primário da campanha eleitoral, assim, a escolha de Tebet e a promessa de mais cargos ao MDB demonstram uma ampliação da base de apoio do petista, que viabilizou sua eleição.
No exterior, o dólar americano recuava ao repercutir o anúncio do governo chinês de novas medidas de flexibilização às restrições adotadas devido à pandemia, assim como os indícios de desaceleração inflacionária nos EUA. No início da manhã o dollar index recuava 0,2%, cotado a 103,8 pontos, em linha com outras moedas tradicionalmente acompanhadas como termômetros de risco para a economia chinesa, como o dólar australiano.
A Comissão Nacional de Saúde da China declarou no início dessa semana que a partir de 8 de janeiro não será mais necessário que viajantes que cheguem ao país realizem quarentena obrigatória. Até então a exigência era de cinco dias de quarentena em uma instalação supervisionada e mais três de isolamento em casa, procedimento que foi significativamente simplificado, passando a requisitar dos turistas apenas a realização de teste PCR 48 horas antes da viagem. Adicionalmente, restrições ao número de passageiros por aeronave também devem ser removidas nos próximos dias, sinalização importante para a reabertura das fronteiras chinesas.
Vale lembrar que essas medidas de flexibilização foram tomadas poucos dias após o país confirmar sua maior taxa de infecções diárias desde o início da pandemia, indicando que as autoridades locais não tendem a voltar atrás e readotar as restrições rígidas da política de Covid zero. No início deste mês, após protestos e forte pressão da população local, as autoridades chinesas comunicaram de maneira repentina o fim dos isolamentos forçados em campos de quarentena para infectados e contatos próximos.
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