Abertura de Câmbio

Câmbio abre a quarta em estabilidade, cotado ao redor de R$ 5,45
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Dólar reflete primeiros sinais de governo Lula e expectativa pela ata do Fed

Após duas sessões de fortes altas, a taxa de câmbio oscilava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta quarta-feira (04). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,45, praticamente estável em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,2 pontos, variação de -0,5% ante à véspera. O mercado de divisas segue instável, flutuando amplamente diante dos primeiros sinais enviados pelo novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente comentários e medidas que possam representar uma ampliação do endividamento público ou um menor compromisso com a responsabilidade fiscal. Nesse sentido, falas do ministro da Previdência, Carlos Lupi, de que pretende revisar a reforma da Previdência, e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, de que o novo arcabouço fiscal não deve se pautar pelo patamar entre dívida do governo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), agravaram o comportamento defensivo dos agentes. Na agenda do dia, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística anunciou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de novembro, às 09h00min, o instituto ISM divulga o Índice Gerente de Compra (PMI) de serviços de dezembro para os Estados Unidos, às 12h00min, o Departamento de Estatísticas do Trabalho americano informa a pesquisa de abertura de vagas e turnovers (JOLTS) de novembro, às 12h00min, o Banco Central atualiza o fluxo cambial da última semana de dezembro, às 14h30min, e o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) de dezembro, às 15h00min, e o Federal Reserve divulga a ata de sua última decisão de política monetária, às 16h00min.

Receios fiscais O dólar negociado no mercado interbancário oscilava ao redor de seu valor de fechamento de ontem, enquanto os agentes de mercado buscam conhecer com maiores detalhes qual será, de fato, a política econômica do governo Lula. Nestes últimos dias, o real tem se enfraquecido por falas e medidas que representam um aumento da despesa pública sem uma contrapartida efetiva em termos de receitas ou redução de custos, potencialmente ampliando o patamar de endividamento do governo. Neste sentido, os receios de investidores foram ampliados pelas declarações de Lupi, que afirmou que a aposentadoria é uma “dívida da União com os trabalhadores” e que é necessária uma análise “com profundidade” das regras atuais do sistema previdenciário. Adicionalmente, os comentários de Galípolo de que o novo arcabouço fiscal deve ter “regras claras e previsíveis”, porém sem um “gatilho automático” em relação à dívida pública também contribuíram à percepção de que o endividamento pode ser expandido pelo atual governo.

Ata do Fed Operadores de mercado aguardam, também, pela divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para as 16h00min de hoje. No último encontro, realizado no dia 14 de dezembro, o Federal Reserve decidiu diminuir o ritmo de seu aperto monetário, elevando a taxa básica de juros em 0,50 p.p. depois de quatro aumentos consecutivos de 0,75 p.p., a fim de equilibrar os riscos para a economia estadunidense após indícios de moderação em seu nível de preços. Ao final da reunião, os membros do FOMC divulgaram suas projeções para a inflação do país em 2023, nas quais o aumento do nível de preços até o final do ano seria maior que o esperado anteriormente, com o consenso de que o ciclo de alta da taxa de juros continue até que o patamar de 5,25-5,50% a.a. seja atingido. A leitura da ata da reunião pode servir para esclarecer a ponderação de riscos para o mercado de trabalho e crescimento econômico do país durante a tomada de decisão, além de explicitar os fatores levados em consideração pelas autoridades do Fed em relação a suas expectativas quanto à trajetória da inflação e da taxa de juros no país.
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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