A taxa de câmbio apresentava discreta tendência de baixa nas primeiras operações desta sexta-feira (06). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,34, variação de -0,2% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 105,6 pontos, alta de 0,4% em relação ao fechamento de quinta-feira. O mercado de divisas termina a primeira semana do ano com as atenções voltadas para dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, às 10h30min, e suas repercussões para a política monetária do Federal Reserve. No Brasil, analistas acompanham a primeira reunião ministerial do governo Lula da Silva, que deve definir prioridades e buscar alinhar as comunicações dentro da Esplanada a fim de eliminar ruídos que provoquem volatilidades desnecessárias. Na agenda do dia, o instituto ISM informa o Índice Gerente de Compras (PMI) de serviços americano, às 12h00min, o Departamento do Censo divulga as encomendas industriais de dezembro às 12h00min, e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 17h30min.
Reunião Ministerial O dólar negociado no mercado interbancário opera em queda na manhã desta sexta-feira, refletindo uma redução dos receios fiscais de investidores após esforços do novo governo Lula em reduzir os ruídos de comunicação e apaziguar os ânimos de agentes de que não haverá mudanças bruscas nos rumos econômicos do país. Nesse sentido, analistas esperam pela primeira reunião ministerial de Lula e quais serão as mensagens ao seu término. Ontem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que não há nenhuma proposta sendo analisada para revisão de reformas, incluindo a da Previdência, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado para a presidência da Petrobras, afirmou que a política de preços da estatal se manterá vinculada aos preços internacionais do petróleo, e o novo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que atuará na revisão de desonerações e de despesas para evitar o crescimento excessivo do endividamento público.
Dados de emprego nos EUA Em semana de alta do dollar index, o mercado repercute intensamente a divulgação do relatório de situação do emprego, publicado pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos. O texto mostra como foi a situação do mercado de trabalho no país durante o mês de dezembro, o qual finalizou o ano com 223.000 novos empregos, valor acima da mediana de expectativas, porém a menor adição de vagas em dois anos. Adicionalmente, o crescimento da remuneração média da hora trabalhada acumulado em 12 meses se reduziu de 4,8%, em novembro, para 4,6%, em dezembro. Já a taxa de desemprego caiu de 3,6% para 3,5% no mesmo período. Tais dados são condizentes com a leitura de um mercado de trabalho que perde ritmo de expansão, porém que ainda se encontra aquecido e com baixa disponibilidade de mão de obra. A suavização leve dos dados de trabalho, embora não sustente em si a possibilidade de um enfraquecimento da atividade econômica nos Estados Unidos, bastou para que os investidores apostassem em uma moderação do aperto monetário pelo Federal Reserve, que não necessitaria elevar tanto os juros a fim de recuperar a estabilidade de preços e, assim, impulsionou um enfraquecimento da moeda americana após a divulgação do relatório.
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