O par real/dólar alternava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta terça-feira (17). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,14, recuo de 0,2% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,2 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. O mercado de divisas repercute os acenos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao mercado financeiro após suas falas no Fórum Econômico Mundial prometendo que o novo arcabouço fiscal do governo estará pronto até o final de abril e que a reforma fiscal será prioridade de sua gestão. No exterior, o destaque foi a divulgação do Produto Interno Bruto da China, que se expandiu em 3,0% em 2022, abaixo da meta oficial de 5,5% e a segunda pior marca desde os anos 1970, porém acima das estimativas de analistas. Na agenda do dia, a Fundação Getúlio Vargas publica o Monitor do PIB de novembro, às 10h15min, o Federal Reserve (Fed) de New York divulga o índice Empire State de atividade manufatureira de janeiro, às 10h30min, e seu presidente, John Williams, discursa às 17h00min.
Acenos fiscais ao mercado Após abrir as operações em alta, o dólar negociado no mercado interbancário firmou tendência de queda na manhã desta terça-feira, refletindo positivamente a acenos ao mercado financeiro feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em comentários feitos a jornalistas presentes ao Fórum Econômico Mundial, o ministro afirmou que o novo arcabouço fiscal, que deverá substituir a regra do teto de gastos, deverá ser definido até o final de abril. Adicionalmente, Haddad afirmou que o governo decidiu manter as alíquotas do IPI reduzidas como um sinal de que pretende avançar com a reforma tributária ainda neste semestre. Semana passada, a área econômica do governo apresentou uma série de medidas focadas em elevar a receita fiscal do Estado, porém não reverteu o corte de 35% nas alíquotas do IPI feitos pela gestão anterior. O objetivo da administração, segundo Haddad, é modificar todo o sistema de tributos sobre o consumo, enquanto o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou, ontem, que a intenção do governo é extinguir o IPI.
PIB na China No exterior, dados chineses mistos acabaram por ampliar o apetite por riscos de agentes. O PIB do país cresceu em 3,0% em 2022, a segunda menor marca desde 1976 – superando apenas o ano de 2020 (+2,2%), pico da pandemia de Covid-19. O número ficou abaixo da meta oficial de 5,5% e muito aquém da marca de 8,4% do ano anterior, mas superou as estimativas de analistas. Ainda assim, os investidores se mostraram otimistas, especialmente em função dos relaxamentos recentes da política de tolerância zero contra a Covid-19, apostando que a atividade produtiva irá se recuperar neste ano – a mediana das estimativas se encontra em 4,9%.
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