A taxa de câmbio da moeda brasileira operava em baixa nesta terça-feira (7), atenuando parte da sequência de altas registrada desde a última sexta (3). Por volta das 10h, o par real/dólar era negociado a R$ 5,151 na venda, em baixa diária de 0,4%. Ainda que permaneçam as tensões entre membros do governo Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que os agentes no mercado devem dirigir a atenção hoje para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e à fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Economic Club de Washington às 14h40. O registro da decisão mais recente do Copom teve um tom mais apaziguador depois das críticas feitas por integrantes da equipe econômica e pelo presidente Lula, reconhecendo que a concretização das propostas fiscais anunciadas pelo Ministério da Fazenda “atenuaria os estímulos” à economia, reduzindo a pressão sobre a aceleração inflacionária. Por outro lado, a autoridade monetária manteve a cautela com a adoção de medidas fiscais de teor expansionista, que, “em ambiente de hiato do produto reduzido, os impactos sobre a inflação tendem a se sobrepor aos impactos almejados sobre a atividade". Na agenda de hoje, merecem destaque o discurso sobre o Estado da União do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, às 23h, e a publicação do IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avançou 0,06%, abaixo do esperado para o mês de janeiro (+0,33%).
Ata do Copom O dólar negociado no mercado interbancário operava em baixa na manhã desta terça-feira, refletindo a publicação da ata da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Em meio a uma série de críticas por parte do presidente da República a respeito da independência do Banco Central, das metas atuais de inflação e do patamar de juros do país, analistas observam como a autoridade monetária se posicionaria diante deste delicado cenário. Neste contexto, a ata foi explícita ao alertar que a revisão do arcabouço fiscal, promovida pela emenda constitucional da Transição, "diminui a visibilidade sobre as contas públicas para os próximos anos e introduz prêmios nos preços de ativos e impacta as expectativas de inflação”, ao mesmo tempo em que mantém um tom de cautela com a adoção de medidas fiscais de teor expansionista, que, “em ambiente de hiato do produto reduzido, os impactos sobre a inflação tendem a se sobrepor aos impactos almejados sobre a atividade". Porém, na sequência, ofereceram um ramo de oliveira ao Executivo, concedendo que "a execução do pacote apresentado pelo Ministério da Fazenda deveria atenuar o risco fiscal e que será importante acompanhar os desafios na sua implementação”.
Biden e Powell Nesta terça-feira, investidores também aguardam pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, atentos ao tom de seu discurso após a divulgação de dados econômicos muito acima do antecipado para os Estados Unidos na última sexta-feira, na contramão das expectativas de moderação para o aperto monetário do Fed. Mais tarde, às 23h00min, ocorrerá o discurso do Estado da União pelo presidente dos EUA, Joe Biden, evento tradicional da política estadunidense.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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