Ataques de Lula prosseguem O dólar negociado no mercado interbancário terminou o dia praticamente estável, após significativa oscilação, em mais um dia de ataques de Lula ao Banco Central e ao seu presidente, Roberto Campos Neto. Contrariando as expectativas de que o novo governo traria um período de distensão para a vida política e de respeito às instituições, o presidente da República prossegue sua barragem de ataques à autoridade monetária do país, trazendo intranquilidade, instabilidade e volatilidade aos mercados financeiros. Nesta quarta-feira, o líder do Executivo afirmou que o governo “tem o direito de estabelecer sua política econômica” por ter sido eleito pelo povo brasileiro. Ontem, ele já havia afirmado que Campos Neto devia explicações ao Congresso Nacional pelo patamar atual da taxa básica de juros (Selic), que o Senado deveria se manter “vigilante” em relação ao Banco Central e que o Senado poderia trocar o presidente da autarquia se julgasse que ela não está sendo efetiva em seus objetivos.
Panos quentes Em meios a uma sequência de ataques do presidente da República, e de outros aliados importantes, como do líder do governo no Congresso, Jacques Wagner, e da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, coube ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha buscar diminuir a temperatura e garantir que não existe qualquer discussão dentro do Palácio do Planalto para alterar a legislação que estabelece a independência do Banco Central. Adicionalmente, ele negou que haja intenção de mudar a meta de inflação, alvo de diversas críticas de Lula, ou “fritar” Roberto Campos Neto. Os comentários de Padilha bastaram para apagar as altas na taxa de câmbio na sessão de hoje. Contudo, resta saber quanto tempo esta trégua será capaz de durar.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 103,4 pontos, praticamente estável ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e o rublo russo se desvalorizaram diante da divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,643 pontos, recuo de 0,3% frente ao término de terça-feira.
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