Abertura de Câmbio

Dólar abre a sexta em alta, cotado ao redor de R$ 5,23
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Câmbio repercute novas críticas de Lula ao BC e expectativa por aperto monetário pelo Fed

A taxa de câmbio apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira (17). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,23, alta de 0,3% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,6 pontos, variação de +0,5% ante à véspera e seu maior valor em seis semanas. O mercado de divisas repercute novas críticas do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, ao Banco Central (BC). Em entrevista veiculada ontem, após o encerramento das operações, Lula se mostrou contraditório, por um lado declarando que não cabe a ele ficar brigando com o BC, porém afirmando que a autonomia da instituição pode ser revista caso ela não atinja seus objetivos. No exterior, a moeda americana prosseguia sua trajetória de fortalecimento após autoridades do Federal Reserve (Fed) defenderem a continuidade de um rígido aperto monetário em função de uma sequência de dados econômicos mais fortes que o antecipados. Na agenda do dia, o Departamento de Estatísticas do Trabalho divulga os Índices de Preços Exportados e Importados de janeiro, às 10h30min, e o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, discursa às 10h30min.

Lula retoma suas críticas O dólar negociado no mercado interbancário operava em alta na manhã desta sexta-feira, repercutindo as falas do presidente Lula em entrevista concedida ontem (16), na qual Lula alternou entre uma postura crítica e outra respeitosa em relação ao Banco Central. Por um lado, o líder do Executivo afirmou que “Não cabe ao presidente da República ficar brigando com o presidente do Banco Central” e que “não tem problema nenhum” em conversar com o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Porém, ao mesmo tempo, Lula relembrou que o papel da autarquia era de não apenas controlar a inflação, mas também de fomentar o emprego e o crescimento econômico do país, o que seria inviabilizado pela Selic a 13,75% ao ano, declarando que “vamos ter que mudar” a autonomia do Banco Central se este não demonstrasse sua “utilidade” e se a autarquia não atingir seus objetivos. As novas falas de Lula serviram para ampliar a percepção de interferência política na condução da política monetária pelo Banco Central, o que aumenta a aversão ao risco dos investidores do mercado e tende a causar depreciação dos ativos brasileiros.

Força do dólar No exterior, a moeda americana operava em seu maior valor desde o início de janeiro após autoridades do Federal Reserve defenderem que os juros no país ainda precisa subir consideravelmente a fim de assegurar a recuperação da estabilidade de preços nos Estados Unidos. Nas últimas semanas, uma sequência de indicadores econômicos apresentou leituras acima do esperado por especialistas, como a criação de novos empregos, o nível de atividade de serviços, as vendas ao varejo e, principalmente, o aumento de preços ao produtor e ao consumidor, todos referentes ao mês de janeiro. Ato contínuo, comentários de integrantes do Fed a respeito da necessidade de aumentos seguidos para a taxa de juros no país elevaram as expectativas de investidores para o patamar máximo dos juros no país. Ontem, a presidenta do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que via um caso convincente em fevereiro para ter reajustado a taxa de juros em 0,50 p.p. (Mester não tem direito a voto no Comitê Federal de Mercado Aberto este ano). Já o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, declarou que defendeu um aumento de 0,50 p.p. na última reunião e que acredita que a autoridade monetária “precisa chegar ao nível de taxa [de juros] considerada suficientemente restritiva o mais rapidamente possível”.
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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