Abertura de Câmbio

Câmbio começa sexta em baixa, cotado ao redor de R$ 5,19
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Dólar reflete otimismo externo e críticas de Lula ao BC

O par real/dólar apresentava suave tendência de queda nas primeiras operações desta sexta-feira (03). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,19, baixa de 0,3% em relação ao fechamento de quinta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,7 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. O mercado de divisas repercutia o otimismo de investidores estrangeiros após os Índices Gerentes de Compras (PMI) de serviços e composto de fevereiro na China acelerar acima das estimativas de analistas, valorizando o desempenho de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real. Contudo, o fortalecimento da moeda brasileira era contido por novas críticas do presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, ao presidente do Banco Central, Robero Campos Neto, referindo-se a ele novamente como “esse cidadão” e afirmando que “não tem nenhuma razão de juros altos”. Na agenda do dia, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de janeiro, às 09h00min, a S&P Global informa o PMI de serviços e composto de fevereiro para o Brasil, às 10h00min, o instituto ISM divulga o ISM de serviços de fevereiro para os Estados Unidos, às 12h00min, a presidenta do Federal Reserve (Fed) de Dallas, Lorie Logan, palestra às 13h00min, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, discursa às 13h45min, a membra do Conselho de Governadores do Fed, Michelle Bowman, concede discurso às 17h00min, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 17h30min e o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, profere palestra às 18h45min.

Otimismo externo O dólar negociado no mercado interbancário alternava entre perdas e ganhos na manhã desta sexta-feira, cotejando o apetite por riscos de investidores internacionais e a cautela de operadores domésticos. No exterior, a divulgação de dados positivos para o setor de serviços na China gerou considerável otimismo, após o PMI Caixin/S&P Global de prestação de serviços observar uma forte alta em fevereiro, quando chegou a 55,0 pontos e atingir o maior patamar em seis meses. O indicador superou o valor de 52,9 reportado no mês anterior – que já mostrava uma expansão do setor por ultrapassar a marca de 50 pontos– e veio acima da mediana das estimativas (54,7), indicando uma franca recuperação da economia do pais asiático após o fim das restrições sanitárias impostas por Pequim com o propósito de evitar a proliferação de Covid-19 entre a população. Adicionalmente, contribuem para ampliar a percepção de maior exposição a riscos as falas de membros do Federal Reserve Raphael Bostic, Susan Collins e Christopher Waller, os quais tiveram um tom mais moderado quanto ao aperto monetário da autoridade e sinalizaram que a última decisão do Federal Reserve de aumentar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual foi adequada. Nesse sentido, as expectativas dos operadores de aumento dos juros foram aliviadas, favorecendo ativos voláteis como commodities, ações e moedas emergentes.

Repetição das críticas ao BC Em entrevista ontem à noite, o presidente da República defendeu seu direito de criticar o presidente do Banco Central, argumentando que não estava sendo “leviano, mas estou dizendo a máxima verdade” e afirmando que Campos Neto precisa se preocupar não só com a inflação, mas também com “o emprego e o crescimento da economia”. O ataque pareceu coordenado, visto que, mais cedo, tanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebbet, também havia criticado o patamar da taxa básica de juros (Selic) e destacado os esforços da equipe econômica em ajustar as finanças públicas, na esperança de que isto contribua na redução do ritmo de endividamento e, consequentemente, permita a queda de juros mais rapidamente. Entretanto, Lula, em suas críticas, declarou que “não existe inflação de consumo. (...) Então, não tem nenhuma razão de juros altos”. E ainda desafiou “ele que vá para a televisão e explique: ‘não, o juro a 13,75% é maravilhoso, é extraordinário’”.

 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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