O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta segunda-feira (13). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 5,24, ganho de 0,6% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 104,1 pontos, variação de -0,5% ante à véspera. O mercado de divisas opera em forte cautela e busca por ativos de segurança após as falências dos bancos estadunidenses Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, ao longo do fim de semana. Mesmo com a atuação do Tesouro americano para evitar um efeito contágio e assegurar todos os depósitos junto a essas instituições, investidores temem que novas quebras possam ocorrer em função do rápido aperto das condições financeiras executado pelo Federal Reserve no último ano, o que, por sua vez, pode exigir um ritmo mais lento de reajustes de juros por parte da autoridade monetária, com consequências sobre a trajetória inflacionária. Na agenda do dia, o Banco Central atualizou o Boletim Focus da semana, às 08h30min, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento, às 10h00min, e a Secretaria de Comércio Exterior atualiza a balança comercial semanal, às 15h00min.
Falência de bancos dos EUA O mercado de divisas opera em alta na manhã desta segunda-feira, repercutindo o ambiente global de cautela e busca por ativos de segurança após a falência e consequente intervenção federal de dois bancos regionais dos Estados Unidos, o SVB e o Signature Bank. O ambiente de condições financeiras mais apertadas, juros mais elevados e queda na demanda por crédito acabou por trazer dificuldades financeiras a essas dois instituições, e investidores receiam tanto que outros bancos possam estar em dificuldades semelhantes quanto que este cenário reduza a credibilidade nas instituições financeiras e provoque uma aumento injustificado de saques –com o potencial de causar uma nova crise a uma instituição que não estava exposta aos problemas originais.
Consequências para os BCs Analistas avaliam de forma quase unânime que o balanço de riscos que os Bancos Centrais precisam considerar em suas próximas decisões de política monetária se alterou a partir da quebra do SVB. Embora os riscos de uma persistência inflacionária ainda existam e precisem ser considerados, as autoridades monetárias precisam avaliar a possibilidade de o ciclo de aumento de juros provocar riscos sistêmicos ao sistema financeiro pela elevação dos custos de financiamento e pela diminuição da liquidez de determinados mercados de ativos. Assim, a tendência é que os bancos centrais diminuam o ritmo de contração das condições financeiras a fim de avaliar a resiliência das organizações e instituições financeiras ao ambiente macroeconômico mais inóspito.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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