A taxa de câmbio iniciou o pregão desta sexta-feira (24) operando em alta, acompanhando o ambiente mais avesso ao risco no exterior. No momento de publicação deste texto (10h30), ela era negociada ao redor de R$ 5,32, variação de +0,6% ante a véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 103,2 pontos, em variação diária de +0,5%. Os mercados globais reagem às significativas quedas dos principais índices acionários europeus, puxados por desvalorização generalizada nas ações de bancos, ante o temor por uma crise bancária voltando a afetar o humor dos agentes.
Os mercados acionários globais operam em modo de cautela nesta manhã, acompanhando forte queda das ações do Deutsche Bank, que elevaram os receios de uma crise sistêmica. As ações de bancos americanos, como Bank of America, JPMorgan Chase e Wells Fargo registravam baixas de mais de 2%, contaminando o desempenho dos principais índices acionários do país.
As ações do banco alemão listadas em Wall Street chegaram a recuar 11% nas negociações noturnas, depois de variação abrupta nos CDS da instituição - um indicativo de elevação do risco de inadimplência - sem que houvesse uma razão aparente para tal movimentação. A ampliação dos temores com a saúde do setor bancário, reforçadas pela quebra dos bancos Silicon Valley Bank, Signature Bank, e pela aquisição forçada do Credit Suisse pelo UBS, continua se impondo como um fator de elevada incerteza nos mercados, motivando a busca por ativos seguros.
No Brasil, o mercado repercute a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de março pelo IBGE, que registrou avanço de 0,69%, levemente superior à mediana das expectativas de analistas (0,65%), mas ficando abaixo do resultado de fevereiro (0,76%). Com o resultado, o acumulado em 12 meses passou de 5,63% no mês anterior para 5,36%, menor nível para o indicador desde fevereiro de 2021. As principais contribuições para o índice vieram da alta de 1,50% do grupo de Transportes, com impacto de 0,30 p.p. puxado principalmente pelo aumento de 5,76% nos preços da gasolina. O IBGE também destacou o impacto dos grupos de Saúde e cuidados pessoais (+1,18%) e Habitação (+0,81%), que contribuíram com 0,15 p.p. e 0,12 p.p., respectivamente.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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