Abertura de Câmbio

Dólar inicia quarta em leve baixa, cotado ao redor de R$ 5,16
 
Leonel Oliveira Mattos
Leonardo Rossetti
Vitor Andrioli
Câmbio reflete otimismo externo e expectativa pelo arcabouço

A taxa de câmbio apresentava suave tendência de redução nas primeiras operações desta quarta-feira (29). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,16, variação de -0,1% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,6 pontos, alta de 0,1% em relação ao fechamento de terça-feira. Após semanas de turbulências, incertezas e muita volatilidade provocadas por temores de uma crise bancária nos Estados Unidos e na Europa, o ambiente de negócios pouco a pouco retorna à normalidade e o estresse às instituições financeiras diminui. Este cenário favorece a recuperação de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real. No Brasil, investidores também seguem atentos à detalhes a respeito do novo arcabouço fiscal, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter afirmado, ontem, que teria uma “reunião conclusiva” sobre o arcabouço com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, na tarde de hoje. Na agenda do dia, o Banco Central (BC) comunicou as estatísticas monetárias e de crédito de fevereiro, às 08h30min, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de fevereiro, às 09h00min, o vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve, Michael Barr, discursa às 11h00min, o Ministério do Trabalho e Previdência informa os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro, às 14h00min, a Secretaria do Tesouro Nacional publica o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal de fevereiro, às 14h30min, e o BC atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min.

Retorno à normalidade? O dólar negociado no mercado interbancário alterna entre perdas e ganhos na manhã desta quarta-feira, repercutindo a amenização dos temores globais quanto a uma crise bancária global. Embora analistas apontem que investidores ainda estão inseguros e que ainda é cedo para saber o período de volatilidade exacerbada já se encerrou, o momento é de calmaria relativa e recuperação de ativos arriscados, com enfraquecimento generalizado da moeda americana perante outras divisas. Alguns operadores acreditam que novas turbulências possam ocorrer com a divulgação de resultados trimestrais de bancos, particularmente os pequenos bancos regionais dos Estados Unidos, que em sua larga maioria possui capital aberto e precisa reportar os resultados de 2022 até o fim de abril. As questões, agora, parecem ser a avaliação das condições financeiras dos bancos após este período de estresse, a mensuração do volume de créditos e observação se houve um aperto das condições financeiras e até que ponto as autoridades monetárias precisarão oferecer condições excepcionais de liquidez a fim de assegurar a estabilidade bancária nos Estados Unidos e na Europa.

À espera pelo arcabouço No Brasil, a atenção dos agentes do mercado está voltada para a nova âncora fiscal após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que hoje teria uma reunião decisiva com o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para discutir os detalhes finais da nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos. De acordo com o jornal Valor Econômico, o arcabouço se apoiará em um “tripé”, cotejando uma revisão periódica das despesas do Estado, uma análise de desempenho de políticas públicas e uma previsão de gastos do governo pelos próximos quatro anos. Dessa forma, pretende-se não apenas ajustar o orçamento futuro, como avaliar os critérios dos ajustes e a qualidade dos gastos executados. Desse modo, os investidores operam em compasso de espera enquanto aguardam pelos ajustes que serão feitos nesta reunião conclusiva de Lula.
 

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

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Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.
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