O par real/dólar apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta quarta-feira (12). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 4,96, queda de 1,0% em relação ao fechamento de terça-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,6 pontos, variação de -0,5% ante à véspera. O mercado de divisas repercute a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de março para os Estados Unidos, que moderou mais que o estimado no índice geral, porém se elevou mais que o esperado no núcleo do indicador, que exclui os voláteis componentes de alimentação e energia. O dado será relevante para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), no próximo dia 03 de maio. Na agenda do dia, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de janeiro, às 09h00min, o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, discursa às 09h30min, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, palestra às 10h00min, a presidenta do Fed de San Francisco, Mary Daly, discursa às 13h00min, o Banco Central atualiza o fluxo cambial semanal, às 14h30min, e o Fed divulga a ata da última decisão de política monetária, às 15h00min.
CPI nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário operava em queda na manhã desta quarta-feira enquanto agentes repercutem dados da inflação nos Estados Unidos. O Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos (BLS) divulgou, nesta manhã, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA para março, o qual indica uma desaceleração do avanço inflacionários, com aumento de 0,1% dos preços no último mês, após subida de 0,4% em fevereiro. No comparativo anual, o índice cheio observou um avanço de 5,0% – contra o valor de 6,0% relatado no mês anterior – e ficou abaixo da mediana das estimativas, que apontava para alta de 5,2%. Apesar do menor ritmo para o indicador, devido à trajetória descendente dos custos relacionados a energia, o seu núcleo manteve-se em alta, ficando em 5,6% no mês, avanço em linha com as expectativas dos agentes e que demonstra a persistência do processo inflacionário no contexto de uma economia aquecida com um forte setor de serviços. Esta será a última leitura do nível de preços no país antes da próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, em 03 de maio, de modo que os membros da autarquia considerarão a maior resiliência do núcleo da inflação em seu balanço de riscos da reunião, para a qual a maior parte das apostas sugere um aumento de 0,25 p.p. da taxa de juros da autarquia. Nesse sentido, a sinalização de maior controle do avanço do nível de preços aumenta o apetite por risco dos operadores do mercado e tende a valorizar ativos como ações, commodities e moedas emergentes como o real.
Ata do FOMC Nesta tarde, o Federal Reserve divulgará a ata da última decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), de 22 de março. O encontro do Comitê ocorreu durante período de turbulência financeira nos EUA, em função do colapso dos bancos Silvergate, SVB e Signature, que, por sua vez, provocou forte corrida bancária e estresse a diversos bancos regionais. Dessa forma, interessa observar no documento como as autoridades ponderaram o balanço de riscos na decisão de elevar os juros em 0,25 p.p., isto é, cotejaram a ameaça do risco inflacionário com a ameaça de desaceleração econômica e de necessidade de assegurar a estabilidade do sistema financeiro.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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