Após abrir o dia em baixa, o par real/dólar firmou tendência de elevação ao longo desta segunda-feira (17), encerrando a sessão negociado a R$ 4,938, alta de 0,4% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 102,1 pontos, variação de +0,5% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu a divulgação de indicador manufatureiro regional acima do esperado para os Estados Unidos, que impulsionou um fortalecimento global da moeda americana perante outras divisas. Adicionalmente, os investidores seguem em compasso de espera pelo envio do texto legislativo do novo arcabouço fiscal ao Congresso Nacional, em meio a sucessivos adiamentos pela equipe econômica do governo que resultam em maior cautela nos preços de ativos domésticos.
PLDO sem arcabouço Após abrir as operações em baixa, o dólar negociado no mercado interbancário firmou trajetória de elevação nesta segunda-feira, interrompendo uma sequência de quatro baixas seguidas. No Brasil, os investidores reagem aos adiamentos consecutivos da apresentação do texto legislativo do arcabouço fiscal do governo, após o Ministério do Planejamento e Orçamento apresentar na última sexta-feira (14) o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2024 com uma meta de déficit zero para o Orçamento primário, porém condicionando a liberação de R$ 172 bilhões à aprovação do novo arcabouço fiscal. Embora a equipe econômica já tenha divulgado as diretrizes gerais das novas regras fiscais, como o novo texto ainda não foi formalmente enviado ao Congresso Nacional, o PLDO precisou se basear na regra antiga em vigor, isto é, o teto de gastos. Neste caso, a verba de R$ 172 bilhões fica bloqueada até a aprovação de novo parâmetro legal que permita o seu empenho. Às 11h00min, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, concederão entrevista coletiva para explicar os números do PLDO. Quando questionado por jornalistas a respeito do envio do texto ao Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que “acho que ficou para amanhã (terça-feira), mas pode ser amanhã, pode ser depois”.
Empire State index Contribuiu para firmar a trajetória de enfraquecimento do real a divulgação de um crescimento inesperado da atividade manufatureira na região de Nova Iorque. O Índice Empire State de condições econômicas industriais saltou de -24,6 pontos (retração) em março para 10,8 pontos (expansão) em abril. A mediana das expectativas era de -18,3 pontos. Foi o primeiro crescimento do indicador em cinco meses, com uma recuperação de novos pedidos e de embarques. A alta inesperada do indicador impulsionou as apostas de que o Federal Reserve deva elevar os juros em 0,25 p.p. na decisão de 03 de maio, o que, por sua vez, contribuiu para fortalecer globalmente o valor da moeda americana ante outras divisas.
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 102,1 pontos, variação de +0,5% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso colombiano, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano, a rúpia indiana e o rublo russo também se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,642 pontos, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de sexta-feira.
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