Abertura de Câmbio

O par real/dólar apresentava tendência de queda nas primeiras operações desta terça-feira (18). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 4,92, recuo de 0,4% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 100,7 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. O mercado de divisas aguarda, mais uma vez, pela divulgação do texto legislativo do novo arcabouço fiscal, após o projeto não ter sido encaminhado ao Congresso Nacional ontem. De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, deve entregar o texto em mãos aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). No exterior, o crescimento acima do esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) chinês para o primeiro trimestre pode beneficiar o fortalecimento do real ao impulsionar o valor de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países exportadores de produtos primários. Na agenda do dia, a membra do Conselho de Governadores do Federal Reserve, Michelle Bowman, palestra às 14h00min.

À espera pelo arcabouço Após abrir as operações em queda, o dólar negociado no mercado interbancário firmou trajetória de elevação na manhã desta terça-feira, enquanto investidores continuam aguardando pela divulgação do texto completo do novo arcabouço fiscal do governo. Em meio a sucessivos adiamentos, o governo diz que, desta vez, ele será entregue hoje ao Parlamento. Há dúvidas entre especialistas sobre detalhes a respeito do ajuste fiscal proposto pela equipe econômica, em particular sobre o incremento das receitas públicas ao longo dos anos. Em comentários e entrevistas anteriores, as autoridades dos ministérios da Fazenda e do Orçamento e Planejamento sugeriram que contam com novas fontes de receitas que originariam da aprovação da reforma tributária, porém tais arrecadações ainda dependem de aprovação legislativa e são, por natureza, incertas.

Crescimento chinês A economia chinesa superou as estimativas de analistas, à medida que a atividade econômica se recuperava do fim das medidas restritivas vigentes do período de tolerância zero contra a Covid-19. O Produto Interno Bruto cresceu 4,5% no primeiro trimestre de 2023, ante uma estimativa mediana de alta de 4,0%. Alguns analistas apontam que o país pode ter dificuldade em sustentar o ritmo de expansão, visto que havia um acúmulo de pedidos industriais elevados da época das quarentenas e há uma tendência de desaceleração do crescimento econômico global, que pode afetar as exportações do país. Ainda assim, o aumento do consumo interno se destacou e o resultado global contribuiu para a valorização de ativos arriscados, como ações, commodities e moedas de países emergentes, como o real.

TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS

Fontes: Banco Central do Brasil; B3; IBGE; Fipe; FGV; MDIC; IPEA e CommodityNetwork Trader’s Pro.