A taxa de câmbio alternava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta segunda-feira (24). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,06, praticamente estável ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,6 pontos, recuo de 0,1% em relação ao fechamento de sexta-feira. O mercado de divisas começa a semana com cautela elevada e focado em declarações de autoridades sobre o ambiente de negócios brasileiros. No final de semana, o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, voltou a criticar o patamar de juros básicos no Brasil, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está discutindo com o Banco Central uma mudança no sistema de metas de inflação que deixe de considerar o ano-calendário e passe a adotar um período contínuo. Adicionalmente, Haddad declarou que pretende divulgar os benefícios fiscais a cada CNPJ, visando a eliminar R$ 150 bilhões dos atuais R$ 600 bilhões em subsídios concedidos. Na agenda do dia, o Banco Central atualizou o Boletim Focus da semana, às 08h30min, o Federal Reserve (Fed) de Chicago informou índice regional de atividade econômica, às 09h00min, o Fed de Dallas divulga índice regional de atividade manufatureira, às 11h30min, e a Secretaria de Comércio Exterior atualiza a balança comercial semanal, às 15h00min.
Críticas ao patamar da Selic O dólar negociado no mercado interbancário oscilava entre perdas e ganhos na manhã desta segunda-feira, refletindo uma postura mais cautelosa dos investidores enquanto aguardam pelo início da tramitação legislativa do projeto de arcabouço fiscal do governo no Congresso Nacional e observavam as declarações de autoridades a respeito de temas da agenda econômica. Nesta manhã, na abertura do Fórum Empresarial Brasil-Portugal, o presidente Lula voltou a criticar a taxa básica de juros (Selic) no Brasil, afirmando que ela é “muito alta” e que “ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%”. Adicionalmente, o presidente da República frisou que para atrair capital estrangeiro, o Brasil precisa de estabilidade política, social e jurídica, criticando o seu antecessor pelas instabilidades experimentadas durante o seu mandato e afirmando que “o Brasil está preparado para voltar a ser um país importante, o Brasil está preparado para voltar a ser um país atraente”.
Revisão das metas de inflação Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, nesta manhã, e afirmou que “vê com bons olhos” uma alteração no formato das metas de inflação, passando de um modelo de ano-calendário para um sistema de meta contínua e argumentando que “não existe essa avaliação [anual] em nenhum lugar do mundo”. Adicionalmente, Haddad afirmou que já comentou informalmente sobre esta mudança com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que “essa questão será revisitada no momento adequado” e que há um debate mundial ocorrendo sobre o sistema de metas por conta do cenário global de aceleração de preços.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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