A taxa de câmbio alternava entre perdas e ganhos nas primeiras operações desta terça-feira (25). No momento da publicação deste texto (09h30min), ela era negociada ao redor de R$ 5,06, alta de 0,4% em relação ao fechamento de segunda-feira. Já o dollar index era cotado ao redor de 101,5 pontos, variação de +0,2% ante à véspera. O mercado de divisas deve repercutir a audiência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, defendendo a atuação da instituição e as decisões adotadas em relação ao patamar da taxa básica de juros (Selic) e às metas de inflação no país. Adicionalmente, os investidores devem acompanhar informações a respeito da tramitação do projeto de lei do novo arcabouço fiscal, após o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, prometer que o parecer do relator do projeto na Câmara dos Deputados será apresentado em 10 de maio. Na agenda do dia, o BC divulgou as estatísticas do setor externo de março, às 08h30min, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) de fevereiro, às 09h00min, a Receita Federal informa a arrecadação federal de março, às 10h30min, o instituto Conference Board divulga o Índice de Confiança do consumidor americano de abril, às 11h00min, o Federal Reserve (Fed) de Richmond publica seu índice regional de manufatura, às 11h00min, e o Fed de Dallas informa seu índice regional de serviços, às 11h30min.
Defesa do Banco Central O dólar negociado no mercado interbancário alternava entre perdas e ganhos na manhã desta terça-feira, reagindo com cautela à audiência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, que se iniciou às 09h00min. Durante sua fala, Campos Neto buscou defender o caráter técnico das decisões de política monetária adotados pelo Banco Central e afastar aspectos políticos da atuação do órgão, frisando, inclusive, que “nunca na história dessa país” os juros subiram tanto em um período eleitoral como os reajustes de 11,75 p.p. nos oito meses que antecederam o pleito presidencial de 2022. Dentre outros temas, o presidente do Banco Central buscou detalhar como a autarquia define o patamar da taxa básica de juros (Selic) em função de suas metas de inflação ao mesmo tempo em que busca suavizar os efeitos de flutuação da atividade econômica, comparou extensivamente a política monetária brasileira com a de outros países latino-americanos e emergentes, defendeu a autonomia de bancos centrais e buscou relacionar como que os juros básicos de curto prazo influenciam juros de longo prazo e os níveis de crédito. Resta saber se tal defesa será o suficiente para amenizar a quantidade das críticas advindas do governo federal, em geral, e do Presidente da República, em particular.
Tramitação do arcabouço Investidores seguem atentos, também, a novidades relacionadas à tramitação do projeto de lei complementar do novo regime fiscal do governo federal (PLP 93/2023). Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o relator do texto na Câmara dos Deputados, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), apresentará até dia 10 de maior seu parecer sobre o projeto, adiantando que há um ambiente “muito positivo” no Congresso para a aprovação do marco fiscal rapidamente. “A lei de sustentabilidade fiscal e social do país é uma lei que ultrapassa a fronteira de governo e oposição. Então, a relatoria pode expressar exatamente isso e ser muito positivo”, disse o ministro.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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