O par real/dólar se manteve em baixa na maior parte desta quarta-feira (26), encerrando a sessão negociado a R$ 5,059, recuo de 0,1% em relação ao término de terça-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,5 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. Em uma sessão de poucos eventos, o mercado de divisas doméstico acompanhou a fraqueza da moeda americana no exterior após novos dados econômicos nos Estados Unidos continuarem a sugerir fraqueza para a atividade produtiva no país. No Brasil, coube destaque à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –15 (IPCA-15) levemente abaixo das estimativas para o mês de abril logo na abertura do pregão.
Dados econômicos ruins nos EUA O dólar negociado no mercado interbancário oscilou em território negativo ao longo desta quarta-feira, acompanhando o movimento internacional de enfraquecimento da moeda americana após dados econômicos para os Estados Unidos sugerirem fraqueza para a atividade econômica no país. Nesta manhã, o Departamento do Censo estadunidense divulgou que as encomendas de bens de capitais caíram mais que o antecipado, ao mesmo tempo que as entregas também se reduziram. As encomendas da categoria de “núcleo”, que excluem os segmentos de defesa e aviação, também recuaram mais que o estimado, sinalizando que as perspectivas empresariais para o futuro são negativas. Este desempenho negativo é atribuído, em larga medida, ao rápido aumento de juros realizado pelo Federal Reserve em busca da estabilização de preços e que, por sua vez, reduz o potencial de crédito e de demanda do país.
Moderação do IPCA-15 em abril Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação. Após a alta de 0,69% observada em março, o indicador apresentou um aumento de 0,57% em abril, o menor avanço para o mês em três anos. O IPCA-15 deste mês surpreendeu os investidores por vir ligeiramente abaixo da mediana das estimativas, que era de 0,61%. Em abril, dos grupos de produtos e serviços estudados pelo IBGE, os transportes tiveram o maior avanço de preços (1,44%) – puxado pela alta de 3,47% observada para a gasolina – e também o maior impacto no índice (0,29 p.p.). Apesar das críticas feitos por membros do governo, o presidente do Banco Central do Brasil afirmou ontem, em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, que ainda levará tempo para que seja possível cortar a taxa de juros em razão da resistência do núcleo da inflação, isto é, os preços mais voláteis, como os relativos a alimentação e energia. Adicionalmente, o dirigente da autarquia afirmou que “existem mais componentes de demanda na inflação do que oferta” e que as expectativas de inflação não apresentavam melhora o suficiente para justificar um corte na Selic neste momento
Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,5 pontos, variação de -0,4% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso colombiano, o peso mexicano, o rand sul-africano e o rublo russo se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,396 pontos, recuo de 0,2% em relação ao término de terça-feira.
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