Fechamento de Câmbio

Dólar termina terça em alta, cotado a R$ 5,046
 
Leonel Oliveira Mattos
Alan Lima
Vitor Andrioli
Câmbio reflete aversão ao risco ante a expectativa de decisões de juros no Brasil e nos EUA

O par real/dólar se manteve em elevação durante toda esta terça-feira (02), encerrando a sessão negociado a R$ 5,046, alta de 1,2% em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o dollar index terminou o pregão cotado a 101,9 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. O mercado de divisas repercutiu o ambiente de cautela e aversão ao risco após a falência do banco regional First Republic, nos Estados Unidos, provocar temores de que outras instituições financeiras de pequeno porte possam passar por dificuldades no país. Adicionalmente, investidores evitaram assumir grandes posições enquanto aguardam pelas decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, que serão anunciadas amanhã.

Variações | No dia: +1,15% | Na semana: +1,15% | No mês: +1,15% | No ano: -4,43% | Em 12 meses: -0,49% |

Turbulências financeiras no exterior O dólar negociado no mercado interbancário subiu mais de 1% na sessão desta terça-feira em meio a preocupações com o setor bancário estadunidense e diante de uma postura cautelosa de investidores antes de decisões importantes de juros no Brasil e no exterior. Ontem, o banco regional americano First Republic teve “a maioria substancial dos ativos, depósitos [segurados e não segurados] e algumas outras responsabilidades” adquiridas pelo J. P. Morgan conforme anúncio da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC, órgão garantidor de crédito dos EUA). Em seu balanço de resultados mais recente, o First Republic causou preocupações em analistas ao informar que teve mais de US$ 100 bilhões em saques de depósitos e investimentos no primeiro trimestre deste ano, e mesmo uma medida anterior de socorro coordenada pela FDIC não impediu a quarta falência de instituição financeira nos EUA este ano (juntamente com Silvergate, Silicon Valley Bank e Signature).

Resiliência Comercial Hoje, o diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, ressaltou a resiliência da balança comercial brasileira, que tem compensado a retração nos preços internacionais de seus produtos exportados com um crescimento do volume de negócios. Assim, as exportações nos primeiros quatro meses totalizaram US$ 103,5 bilhões, e o saldo comercial superavitário atingiu US$ 23,1 bilhões, maiores valores da série histórica com início em 1989.

Expectativa pelos BCs Contribuiu para o enfraquecimento do real, também, uma postura mais cautelosa e avessa ao risco de investidores enquanto aguardam pelas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil (BC), nesta quarta-feira, e do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. No Brasil, a expectativa é de que o BC mantenha a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% e sinalize a necessidade de mantê-la inalterada por mais tempo, visto que o processo desinflacionário não ocorre como o esperado. Na Europa, espera-se o BCE mantenha uma postura agressiva, eleve sua taxa de juros em 0,25 p.p. ou em 0,50 p.p. e sinalize a necessidade de mais reajustes no futuro. Contudo, nos EUA, apesar de haver praticamente um consenso de que o Fed elevará a taxa de juros federal em 0,25 p.p., há dúvidas de como ele se posicionará para as próximas reuniões, isto é, sugerindo a possibilidade de interromper o ciclo de altas de juros em junho ou reafirmando a necessidade de manter o rígido aperto monetário por mais tempo.

Mercado de moedas No cenário externo, o dollar index terminou o pregão cotado a 101,9 pontos, variação de -0,2% ante à véspera. Moedas pares do real, como o peso chileno, o peso mexicano, a lira turca, o rand sul-africano e o rublo russo também se desvalorizaram perante a divisa americana, e o Índice de Moedas Emergentes do J.P. Morgan terminou a sessão cotado a 50,489 pontos, recuo de 0,3% em relação ao fechamento de segunda-feira.

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