O par real/dólar apresentava tendência de elevação nas primeiras operações desta sexta-feira. No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era negociado ao redor de R$ 4,95, variação de +0,3% ante à véspera. Já o dollar index era cotado ao redor de 102,3 pontos, alta de 0,2% em relação ao fechamento de quinta-feira. O mercado de divisas repercutia a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril levemente acima das expectativas, que deve manter o foco sobre a trajetória de juros no Brasil, especialmente após o Banco Central (BC) ter afastado a possibilidade de cortes de juros no curto prazo em sua última decisão de política monetária. Contribui para o enfraquecimento do real, também, um ambiente de aversão global ao risco em meio a um impasse sobre a extensão do limite de financiamento à dívida dos Estados Unidos. Na agenda do dia, a Universidade de Michigan informa a prévia do índice de confiança do consumidor americano de maio, às 11h00min, a presidenta do Federal Reserve (Fed) de San Francisco, Mary Daly, discursa às 15h20min, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) atualiza a posição semanal dos agentes de mercado, às 16h30min, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de entrevista, às 22h15min.
IPCA O dólar negociado no mercado interbancário operava em leve alta na manhã desta quinta-feira, com investidores repercutindo a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ligeiramente acima do esperado. O indicador apresentou um avanço de 0,61% em abril, contra alta de 0,71% no mês anterior e acima da mediana das estimativas, que previa um aumento de 0,55%. Entre os grupos de produtos e serviços estudados, o que apresentou a maior variação no período foi o de Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,49% em abril e impacto de 0,19 p.p. no índice, devido aos ajustes de preços realizados para os medicamentos e planos de saúde. Alimentação e bebidas foi outro grupo que contribuiu para a alta observada, tendo elevado o indicador em 0,15 p.p., após apresentar aceleração no último mês com alta de 0,71%. Entre os grupos que apresentaram desaceleração, destaca-se o de itens de higiene pessoal, o qual foi de um avanço de 0,76% em março para 0,56% em abril. Nesse sentido, os novos dados devem reforçar o posicionamento do Banco Central em continuar com a taxa de juros num patamar mais alto por mais tempo devido à maior resiliência da inflação no Brasil, sustentada principalmente pelo setor de serviços.
Fortalecimento do dólar A moeda americana caminhava para o seu maior fortalecimento semanal desde fevereiro, em meio a um ambiente de negócios mais avesso ao risco por conta do impasse entre Democratas e Republicanos quanto ao limite de endividamento do Tesouro americano. Ontem, a secretária do Tesouro do país, Janet Yellen, tornou a alertar os líderes de seu país, em entrevista, que não existe alternativa razoável para o problema que não seja suspender ou elevar o limite de endividamento do país, e que um calote seria “uma catástrofe econômica e financeira”. Em Washington, o presidente, Joe Biden, e o líder da Câmara, Kevin McCarthy, adiaram para hoje uma reunião sobre o tema enquanto seus assessores negociavam em um possível acordo. Embora aparente haver algum progresso entre as partes, há receio entre analistas de que não seja possível chegar a um consenso a tempo.
TABELA DE INDICADORES ECONÔMICOS
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